Futebol brasileiro chora a perda de Carbone, o técnico da competência, do diálogo e da empatia

0
3.776 views

Ex-volante de Botafogo e Internacional, treinador de Ponte Preta e Guarani e outros clubes do Brasil, José Luiz Carbone faleceu na noite de domingo aos 74 anos em Campinas. Ele estava internado no Hospital Mário Gatti e não resistiu após lutar contra um câncer hepático. Ele estava internado desde o dia 23 de dezembro.  Não há informações sobre velório e enterro.

Após fazer parte de diversos clubes do futebol nacional como jogador, Carbone iniciou sua trajetória como treinador no inicio da década de 1980 no Nacional de São Paulo. Foi o seu trabalho no Goytacaz que chamou a atenção do futebol nacional, quando foi contratado pelo Fluminense e foi o arquiteto do elenco conduzido por Assis e Washington e que foi campeão brasileiro em 1984 – já sob o comando de Carlos Alberto Parreira. Carbone faturou o primeiro dos três títulos consecutivos no Campeonato Carioca.

Carbone trabalhou nos dois times de Campinas. Na Ponte Preta foi técnico em 1984 e posteriormente foi executivo de futebol da Macaca no final da primeira década do Século.

No Guarani, toda a sua trajetória foi como treinador. A primeira foi em 1988 quando faturou o vice-campeonato paulista; na segunda passagem, em 1996, levou o time a liderança do Brasileirão e posteriormente foi demitido pelo então presidente Luiz Roberto Zini após a derrota para o Sport Recife na Ilha do Retiro.

Teve nova passagem no Guarani em 2001 e o ultimo trabalho foi em 2007, quando ficou com o vice-campeonato da Série A-2 e foi eliminado na Série C na fase preliminar.

Seu ultimo trabalho foi entre 2009 e 2010 no Al Merreikh do Sudão. Posteriormente, atuou como comentarista da Rádio Brasil de Campinas. Por fixar residência na cidade, o treinador, nascido em São Paulo, ganhou neste ano o título de Cidadão campineiro.

Carbone deixa cinco filhos, sendo 3 do primeiro casamento (Daniela , Rodrigo  e Gabriela )  e 2 do Segundo casamento (Brunela e Marcela), além da esposa Marlene. Também deixa cinco netos.

(Elias Aredes Junior)