Quando querem fazer política de boa vizinhança, os técnicos brasileiros que todos ganham e todos perdem. Pois podemos dizer em alto e bom som que Daniel Paulista e os jogadores foram sócios majoritários na derrota do Guarani para o Grêmio por 3 a 1, em confronto realizado na tarde desta quinta-feira, dia 21 de abril, na Arena, em Porto Alegre.
Diego Souza merece todas as homenagens por ter sido autor dos três gols. Jogador veterano com faro de artilheiro. No entanto, é impossível ignorar a colaboração da defesa bugrina. No primeiro gol, logo no minuto inicial, a troca de passes não encontrou obstáculos e Diego Souza completou para o gol com incrível tranquilidade.
No segundo gol, o contra-ataque foi puxado, o cruzamento efetuado encontrou Diego Souza livre para cabecear de peixinho. Na etapa final, o escanteio batido por Nicolas encontrou o veterano jogador cabeceou livre, sem marcação.
Esses erros devem ser divididos em duas partes. Daniel Paulista não pode ficar isento. Não é possível que um técnico com quase um ano de trabalho tenha tamanha dificuldade para arquitetar um esquema defensivo minimamente consistente. Levantou bola na área? Gol do adversário. A jogada é construída no chão? Toma gol também. A angustia é gerada porque a evolução é inexistente. “Ah, mas nos treinamentos tudo dá certo”, pode dizer alguns incautos. Como posso dizer se isso é verdade se a imprensa não tem acesso ás atividades? Pois é.
Agora, se Daniel Paulista vacila na construção de um bom sistema defensivo, os erros individuais arrebentam com qualquer planificação. Foi assim na derrota para o Brusque, em que um recuo de Leandro Castán colocou tudo a perder. Na Arena do Grêmio, o que não faltou foi gente disposta a vacilar: Diego Matheus, Derlan, Rodrigo Andrade…
Sim, é inicio de campeonato. Mas os erros crônicos, registrados desde o ano passado. Sem equilbrio não há bom trabalho que resista.
(Elias Aredes Junior- Foto de Donaldo Hadlich/Especial para Guarani FC)
