Guarani 1 x 2 Oeste: não dá para vacilar no Paulistão. E nem perder aquilo que já foi construído

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O Guarani perdeu por 2 a 1 do Oeste em jogo realizado na tarde deste sábado no Brinco de Ouro e a tendência natural seria encontrar culpados e vilões em relação a segunda derrota bugrina na temporada. Especialmente quando verificamos que 25% do campeonato já foi disputado. Nestes momentos a irracionalidade deve sair de campo e abrir espaço a reflexão e entender os motivos que levaram a derrota, sem revanchismos ou amarguras.

Devemos constatar em primeiro que nos minutos iniciais o Guarani jamais perdeu o sentido de poscionamento. Ou seja, os jogadores sabiam o lugar em que deviam estar posicionados. No entanto, é preciso esclarecer que o técnico vai até o limite de comandar e decidir as posições. A parte técnica e das chamadas decisões cabe ao atleta. E neste quesito alguns atletas estiveram em tarde infeliz.

No sistema defensivo, o Oeste percebeu desde o minuto inicial a fragilidade de Fabricio Bigode no trabalho de marcação e forçou que os volantes bugrinos caíssem no setor para acudi-lo. Ao mesmo tempo, não há como fugir do diagnóstico de lentidão da zaga bugrina o que facilitava o trabalho dos atacantes e armadores do Oeste.

Acople tudo isso a incidência da chuva que prejudicou a aplicação do toque de bola bugrino e bem ou mal fez o time adversário adaptar-se em maior velocidade as condições do gramado.

Na etapa final, o que se viu foi um time do Guarani desordenado e vacilante. No primeiro gol do Oeste, marcado por Elvis, percebam como não existia nenhum volante para acompanhar o adversário, que chegou da zona intermédiária aos 08min para fazer o gol inaugural. Posteriormente, o pênalti cometido por Fernandes foi consequência das falhas de marcação pelo lado direito. Mazinho bater e converter foi a consequência natural dos acontecimentos ocorridos no gramado.

Osmar Loss fez a leitura correta com as substituições de Lucas Crispim, Jeferson Nem  e Romisson. Tentou dar sobrevida a um setor de meio-campo engolido pela voluntariedade do oponente. Recebeu como prêmio o gol feito por William Matheus, fruto de cobrança de escanteio e em que os atletas estavam bem posicionados.

É motivo para desespero? Não. O time exibe uma forma de jogar. Ou seja, existe trabalho do treinador. Deve se lamentar os pontos perdidos? Com certeza. Só que não há tempo para teorias ou testes. Melhorar a velocidade da zaga, aprimorar o posicionamento defensivo dos volantes e encontrar uma solução mais estável na lateral direita (sem crucificar Fabricio Bigode) são providências desejáveis. Até para que não seja perdido aquilo que já construído de positivo. (análise feita por Elias Aredes Junior com foto de Jeferson Vieira-OesteFC)

 

GUARANI

Giovanni; Fabrício Bigode, Ferreira, Diego Giaretta e William Matheus;

Fernandes (Romisson), Ricardinho, Inácio (Jeferson Nem), Rondinelly (Lucas Crispim) e Felipe Amorim; Diego Cardoso.

Técnico: Osmar Loss.

OESTE

Matheus Cavichioli; Cicinho, Maracás, Kanu e Alyson (Conrado); Matheus Jesus, Betinho, Elvis (Marciel), Mazinho e Bruno Lopes (Bruno Xavier);Roberto Técnico: Renan Freitas.

 

Gols: Elvis aos 08min, Mazinho aos 12min e William Matheus aos 30min do segundo tempo

Renda: R$ 57.482,00

Público: 3235

Cartões Amarelos: Alyson, Fernandes

Juiz: Ilbert Estevam da Silva

Local: Estádio Brinco de Ouro, em Campinas