O que é jogar bem? Tenho a concepção de que o preceito principal é quando você percebe a execução de um plano de jogo com inicio, meio e fim. Quem assistiu a derrota da Ponte Preta para o Corinthians por 1 a 0 neste sábado na Arena Itaquera poderia pensar que a eficiência da Macaca foi de alto padrão na etapa inicial, pois foram sete finalizações contra três corinthianas. Ledo engano.
Ao encarar um adversário cujo os oponentes não tinham sequer 25 anos e poucos eram titulares incontestáveis, a Alvinegra optou pelo caminho de marcar atrás da linha da bola, e com o trabalho de armação muitas vezes nos pés de Gerson Magrão, em virtude da inoperância de Matheus Vargas na função.
No cerco aos jogadores Corinthians não há duvida de que o plano foi exitoso e o Corinthians quase não teve brecha. Agora, os contra-ataques foram fruto muito mais de falhas corinthianas na defesa ou de jogadas individuais. Não existia algo treinado por antecipação. Pelo menos não deu para perceber. Um panorama inalterado apesar da paralisação da partida por causa das fortes chuvas. Em resumo: defesa eficiente e ataque dependente de um lance do acaso.
Quando o segundo tempo apareceu no horizonte, o Corinthians adiantou sua marcação e intensificar suas jogadas pelos lados enquanto a Ponte Preta apostava em marcar a saída de bola do oponente e com isso ficar próximo do gol, de preferência com participação de Thalles.
Aos poucos, o Corinthians começou a tirar um trunfo do bolso: o banco de reservas. Jadson melhorou o setor de criação e Boselli ofereceu opções de conclusão ao lado de Gustagol.
Pode se dizer que a única jogada realmente perigosa da Macaca surgiu aos 27min e em cima de uma jogada manjada, em que o cruzamento lateral encontrou Renan Fonseca, que cabeceou na trave direita do goleiro Cássio.
Como não aproveitou a moleza oferecida pelo Corinthians, a Macaca tomou o castigo aos 32min, quando Fagner acionou Pedrinho e que cruzou para a conclusão certeira de Gustagol. A Macaca até teve a chance do empate, mas não aproveitou.
Ficou a lição: Não adianta apenas defender e inexistir um plano de jogo completo. Uma hora a casa cai. Como aconteceu na Arena Itaquera.
(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto de Daniel Augusto Jr-Agência Corinthians)
FICHA DO JOGO
CORINTHIANS
Cássio, Léo Santos (Fagner), Marllon, Pedro Henrique e Gabriel; Thiaguinho e Araos (Jadson); Pedrinho, Mateus Vital, e Gustavo Silva (Boselli);Gustagol. Técnico: Fábio Carille
PONTE PRETA
Ivan, Luis Ricardo, Renan Fonseca, Reginaldo e Diego Renan; André Castro (Nathan), Edson,,Giovanni e Gerson Magrão, Matheus Vargas (Matheus Oliveira) e Thalles (Hugo Cabral). Técnico: Mazola
Junior
Gol: Gustagol aos 32min do segundo tempo
Renda: 954.497,90
Público: 25865
Cartões Amarelos:Nathan, Edson, Thiaguinho
Juiz: Salim Fende Sanchez
Local: Arena Itaquera, em São Paulo
Tua análise foi um tanto quanto parcial.
O plano de jogo da Ponte foi muito claro.
As peças não executaram, assim como mais uma vez pode colocar na conta do Hugo Cabral.
Abraços.
Não concordo. Ficar atrás não quer dizer necessariamente que exista plano de jogo.