Guarani, Allan Aal e a luta pela reação no Paulistão. Ou a obsessão em apagar um passado que teima em querer reaparecer

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O técnico Allan Aal não agrada a torcida do Guarani. Dois jogos contra gigantes, duas derrotas. Para Corinthians e São Paulo.

Não há paciência.

Imagine que em 1992 o técnico Fito Neves amargou cinco derrotas no Brasileirão (Cruzeiro, Flamengo, Náutico, Santos e Sport) antes de emplacar o triunfo inicial contra o São Paulo. Na turbulência, o técnico foi bancado por Beto Zini.

Outros tempos.

Hoje não se aceita trégua. Tem que vencer e convencer desde o primeiro minuto. Por que? Qual o problema?

A comissão técnica enfrenta um inimigo invisível. Que  atormenta o torcedor bugrino. Que lhe dá aflição.

Bugrino ferido, machucado, dilacerado. Não é da noite para o dia que se apagam 12 anos (2001 a 2013) de vergonha intercalados por alguns suspiros.

Rebaixamentos, equipes limitadas, atrasos de salários…Tudo isso assistido e protagonizado ano após ano por diretorias de diversas vertentes políticas. Em 2013, o ápice negativo: lanterna do Paulistão com 10 pontos. Ninguém quer reviver o pesadelo.

Não há quem aceite o retorno daquele período. O bugrino quer dignidade. Andar de cabeça erguida. Voltar a sonhar.

Mesmo que se olhe na classificação do grupo D e constate o equilíbrio na chave que conta com a presença de Santos (8 pontos), Mirassol (6 pontos) e São Caetano (1 ponto), a classificação mostra o alviverde a dois pontos da Internacional de Limeira, integrante inicial da zona do rebaixamento. Não adianta disfarçar: o arrepio invade a espinha.

Vencer a Ferroviária não servirá apenas para tranquilizar a atual comissão técnica. Será fundamental para a torcida exorcizar da mente um passado que não apaga. Os dirigentes parecem viver em outro planeta.

É hora de movimentação.

Para não chorar depois.

(Elias Aredes Junior)