Guarani, clube empresa à vista, reflexões e a busca de um caminho definitivo. Com a participação da torcida!

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O Guarani vive situação distinta. Não podemos cravar com segurança se uma provável aprovação do Projeto de Lei que faculta aos clubes virarem empresas abrirá espaço para a agremiação mudar seu estilo de administração. Empresas já estão inseridas na vida do clube há muito tempo. Com resultados positivos e negativos.

Sem a participação de Roberto Graziano e da Magnum não ocorreria o pagamento de boa parte das dividas trabalhistas. O custo foi alto: entrega do estádio Brinco de Ouro ao empresário, que adiantou recursos (VGV) para a montagem do time que foi vice-campeão da Série C em 2016. Graziano, que vive hoje uma relação de altos e baixos com a torcida. Mais baixos, diga-se.

Cravam o Guarani na atualidade com gestão profissional e que quita dividas do passado. Infraestrutura aprimorada. E que hoje vive com seus recursos.

Alguns podem argumentar a necessidade de virar empresa para alavancar recursos e mudar de patamar.

A torcida deseja isso? Aposto que não. Tanto é verdade que já recusou as tentativas de terceirização do futebol, em debate durante a gestão de Palmeron Mendes Filho. A torcida quer o Guarani para si e com possibilidade de participar e debater os seus rumos. Na modalidade de empresa isso seria difícil, quase impossível.

Os fatos descritos representam uma agremiação ainda em busca de um caminho definitivo. Apesar de erros na condução do futebol, torcedores elogiam Ricardo Moisés como administrador. E os outros que lhe antecederam? Foram bem sucedidos nesta parte? Ou no fundo impedem que o próprio Ricardo Moisés dê o salto de qualidade?

Se fizermos um retrospecto desde a saída de Leonel Martins de Oliveira, o Guarani vive na base do erro e acerto. Antes de pensar em clube empresa, o desejo é que o Guarani tome um rumo definitivo. E que seja do agrado da sua torcida.

(Elias Aredes Junior)