O técnico Daniel Paulista cumpriu a risca o ritual de um técnico apresentado oficialmente em clube. Tomou todas as atitudes possíveis para agradar ao torcedor e a cúpula do Guarani.
Daniel Paulista firmou o compromisso de executar trabalho insano para deixar a equipe na ponta dos cascos antes da estreia na Série B.
Encontrou alguma maneira de estabelecer uma ligação sentimental com a agremiação. “Quando garoto, em Ribeirão Preto, em 1994, quando tinha 12 anos, tinha o sonho de chegar nas categorias de base do Guarani, a base do Guarani era referência naquele momento. Não consegui naquele momento, não vesti a camisa quando jogador, mas agora, como treinador, estou tendo esse privilégio de comandar o Guarani. É um desejo que vem desde infância”, afirmou.
De modo inteligente e perspicaz, estabeleceu uma conexão com o comando – Leia-se Ricardo Moisés- ao prometer que seria um profissional em busca do acesso. Ou seja, ratificou a promessa feita pelo comandante em entrevista coletiva. “As dificuldades vão acontecer, mas temos de nos preparar. O início já está batendo à porta. Trabalhar dobrado para tentar colocar o Guarani de volta à Série A. É difícil, mas com uma camisa que o Guarani tem, uma torcida que o Guarani tem, a gente tem que fazer o que a gente pode e também o que não pode para que o clube atinja seus objetivos”, disse o técnico.
Foi assertivo, educado e ponderado nas respostas. Não bateu de frente com a torcida. Se não conseguiu uma trégua, pelo menos estabeleceu uma estrada para ganhar a confiança de todos.
O plano dará certo? Tudo sairá como planejado? Nesse caso fico com a frase dita por um personagem da bola: “O futebol é uma maravilha. Você viaja em diversos lugares do mundo. Fica nos melhores hotéis. Desfruta de mil e uma mordomias. Pena que uma hora a bola. Aí começam todos os problemas”.
Acompanhe abaixo a integra da entrevista coletiva com Daniel Paulista:
