Guarani: é preciso ter otimismo. Com os pés fincados no chão

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Errado estaria o presidente Ricardo Moisés em declarar durante entrevista coletiva que o Guarani lutaria pela permaneceria. Afinal, seria uma depreciação ao seu próprio trabalho. Considero que durante a entrevista coletiva realizada na segunda-feira, dia 28, ele tomou a postura correta. Sem arroubos ou populismos defendeu que o time vai buscar o acesso á divisão de elite. Que a equipe será montada com esse objetivo.

Cada tem que desempenhar o seu papel. O jornalista tem que analisar e fiscalizar o poder estabelecido. O torcedor deve incentivar incondicionalmente enquanto que a diretoria precisa incutir um discurso otimista para alavancar a esperança no público e tomar medidas que viabilizem este cenário. Com transparência, debate e de preferência com troca de ideias.

A duvida é saber se este cenário vai virar realidade. Lidamos com fatos. E no ano passado, dois fatos foram conectados e favoreceram e muito o Guarani. Primeiro o encaixe de um time ofensivo e com figuras exponenciais como Régis, Andrigo e Bruno Sávio. E posteriormente, o desempenho decepcionante de gigantes como Vasco e Cruzeiro, que em condições normais estariam nas primeiras posições ou brigariam, na pior das hipóteses, pela quarta posição. Não aconteceu nem uma coisa e nem outra.

Verdade, o Guarani não alcançou o acesso. Mas dentro de suas possibilidades teve um desempenho honroso.

E neste ano de 2022? Tudo pode mudar. Ao contrário do ano passado, o Cruzeiro dá mostras de um trabalho sólido. O Grêmio, sob o comando de Roger Machado, monta aos poucos um elenco competitivo com um olho na segundona. E mesmo com seu planejamento atrasado, o Vasco tem um trunfo na mão, a possibilidade de uma SAF e a injeção de dinheiro imediato e a obtenção de reforços.

E coloque neste tempero, um Guarani que, por enquanto (por enquanto!) não tem a mesma força ofensiva do ano passado. Ou seja, se o normal acontecer dentro das quatro linhas, uma campanha intermediária poderá virar realidade no Brinco de Ouro.

Mas o futebol tem o imponderável como ativo presente. É nisso que o Guarani aposta. Com razão!

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomas Marostegan-Guarani F.C)