Guarani na reta final da Série B e a reação dos jogadores que tiraram uma montanha das costas

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O torcedor bugrino ficou chateado pela derrota para o América Mineiro. Ficou inconformado pela atuação sem vida e brilho durante os 90 minutos. Poderia ser melhor no que se refere a criação.

Quero propor outro exercício de reflexão. Quem acompanha este Só Dérbi sabe do rigor em relação aos jogadores, comissão técnica e dirigentes. Mas a exceção deve ser aplicada em algumas ocasiões.

Acredito que o comportamento no gramado é apenas reflexo direto de uma equipe que tirou duas toneladas de pressão das costas. Não digo apenas  pela fuga do rebaixamento. Mas porque de modo inédito, o elenco teve interferência na crise política que reinava em 2019.

Com a saída de Palmeron Mendes Filho, a possibilidade de saída do restante do Conselho de Administração não era pequena. Pois os atletas e o técnico Thiago Carpini entraram no processo. Pediram uma trégua. Foram teleguiados? Manipulados? Pouco importa. Eles aceitaram fazer o vídeo e colocaram a cara a tapa. Atitude louvável.

No entanto, isso triplicou a pressão. Caso o rebaixamento virasse realidade não é delírio pensar que todos saíram pela porta dos fundos e ainda com pechas indesejadas.

Ao alcançarem os 44 pontos e assegurarem o Guarani na Série B, eles não só reafirmaram suas histórias profissionais como ganharam uma aposta que quando foi feita era um tiro no escuro.

Pergunto: quem não relaxaria ou ficaria de guarda baixa diante de tal conjuntura? Ao invés de criticá-los melhor constatar que eles sonharam com o impossível e isso aconteceu.

(Elias Aredes Junior)