Guarani: sangue quente e mente fria para voltar ao G8 da Série A-2

0
1.292 views

Pode até parecer discurso pronto, mas é fato que no futebol, assim como na vida, nos deparamos com aquelas situações onde é, mais do que falar, é preciso agir. A situação cabe bem ao Guarani. O time, que ainda não perdeu no Paulista da Série A2, uma vez que soma duas vitórias e quatro empates, ocupa uma indigesta 10ª colocação na tabela.

Indigesta porque reflete a dualidade do momento do clube. Se por um lado está invicto, tendo somado importantes pontos fora de casa ( e está há apenas quatro pontos do líder), por outro lado as atuações do Bugre nestas seis primeiras rodadas expõe uma equipe que oscila bastante no rendimento, especialmente na criatividade.

Uma equipe que, evidentemente, precisa de maior poder ofensivo (será Flávio Caça Rato a solução? – no futebol, uma andorinha só não faz verão, então, é preciso ir além de um culpado?).

Em coletiva dada nesta tarde (19/2) , na reapresentação, o técnico Pintado foi realista ao avaliar o momento como “nem pessimista, nem otimista”. Ele fez uma avaliação equilibrada destacando a competitividade do grupo, porém cobrando mais poder de decisão. E pediu mas frieza.

E é justamente este o ponto que pode decidir o rumo do Guarani na competição. Os dois próximos jogos serão no Brinco de Ouro. Domingo, às 17h, contra o líder Batatais (com 10 pontos). E quarta, às 20h, contra o penúltimo colocado, o Rio Branco, que somou apenas um ponto.

O elenco precisa encontrar a frieza necessária para encarar adversários com campanhas tão distintas porém com igual valor. Não adianta vencer o líder e tropeçar contra o Rio Branco. Também não se justifica perder para o Batatais e vencer na quarta. O equilíbrio que está faltando é o de cumprir seus desafios em casa como meta para mostrar a que veio na competição. Jogar em casa é a oportunidade de buscar a confiança que o torcedor ainda não tem. O próprio elenco não tem. E, para tal, não importa a colocação do adversário.

(Análise escrita por Adriana Giachini-Foto de Rodrigo Villalba)