Guarani, um vice-lider da Série B que precisará de mudanças. Cedo ou tarde.

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O Guarani é vice-lider de uma Série B equilibrada. Ganhou uma partida fundamental contra o Goiás e agora encara um clássico contra o América Mineiro. Vai com gordura acumulada, time confiante, mas que ninguém se iluda: ainda são necessárias mudanças no time titular.

Reconheço que a velocidade requisitada pela imprensa e torcida é discrepante em relação ao padrão do técnico Oswaldo Alvarez. Demorou 13 rodadas para colocar o instável Genilson no banco de reservas. Teve a preocupação de preservar a motivação do jogador para o futuro. Sem reservas não há como evoluir. Alguns suplentes cedo ou tarde terão que ser acionados e ganhar uma sequência de jogos sob pena de encarar uma queda de produção na reta decisiva da segundona.

O primeiro alvo está na dupla de volantes. Com sua afobação e passes errados, Auremir compromete a equipe. Tem dinamismo, é verdade, mas a determinação de sair ao ataque deixa o setor desguarnecido e os zagueiros expostos.

Veterano e com credibilidade, Richarlyson, ao entrar durante o jogo contra o Goiás, demonstrou sua disposição em atuar para o time. Contra o Goiás, jogou como autentico cabeça de área em alguns instantes. Alguns atletas não foram testados como Betinho, recentemente contratado. Ou seja, nem dá para cravar Evandro como titular absoluto. Há espaço para testes de variações nominais e táticas.

O lateral-esquerdo Salomão é outro que precisa adotar a regularidade para não correr riscos. Revelação das categorias de base, não pode cometer equívocos na marcação como comete. Seria prudente analisar a possibilidade de testar Eron. Descartá-lo porque encontrava-se mal tecnicamente e fisicamente no confronto com o Vila Nova não justifica atitude precipitada.

Dei apenas estes exemplos para constatar: independente da campanha que será construída pelo Guarani algo dá para cravar: o time base da vitória contra o Brasil de Pelotas na primeira rodada dificilmente será repetido no último final de semana de novembro, contra o Internacional, no estádio Beira Rio. É esperar para ver.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. Verdade. Temos um elenco que é, de certa forma, equilibrado. Por isso, acho que cabe dar oportunidades maiores a alguns suplentes.

    O Richarlysson é o caso de um jogador que deveria ocupar mais a titularidade.

    Sobre o Vadão, não dá para cobrá-lo a fazer grandes mudanças no time titular, quando estamos disputando a liderança do campeonato. Ele é um profissional que não é pragmático. Adota um pensamento sistêmico. Essa é, ao mesmo tempo, sua grande virtude e seu grande defeito. Resta-lhe sabedoria para adotar uma liderança situacional, variando a estratégia de acordo com o momento. Acho que ele está conseguindo fazer isso nesse campeonato.

  2. Entendo que o Vadão deve testar algumas modificações para deixa o time mais competitivo para buscar o acesso. Na defesa Leandro Santos e Jussani não passam a devida segurança. Fumagalli não aguenta os 90 minutos. No ataque não dá para depender de Claudinho, Caique e Samudio.