Guarani: uma vitória redentora mas que não esconde a necessidade de correções urgentes

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A vitoria do Guarani sobre o CSA pode ser traduzida como sinônimo de alivio. Para o técnico Umberto Louzer, torcedores, jogadores e dirigentes. Chegar aos 13 pontos e fixar-se na zona intermediária da classificação dará folego necessário para buscar peças de reposição que reconduzam o alviverde ao rol de pretendentes a uma boa campanha. O quadro não esconde, no entanto, dois fatos que não podem ser ignorados, apesar do desconforto.

O primeiro é que um lance mudou tudo. O zagueiro Xandão vacilou, Bruno Mendes disparou na direção do gol e, na ânsia de defender o goleiro Cajuru, torceu o joelho. O seu substituto Mota foi a insegurança em pessoa. Os dois gols bugrinos foram consequência deste mar de trapalhadas.

EquÍvocos impossíveis de camuflar as deficiências táticas. A primeira é referente ao setor ofensivo. Umberto Louzer buscou uma equipe compacta e capaz de impedir os avanços do time alagoano, especialmente de Didira e Niltinho. Plano frustrado.

Nem tanto pelo posicionamento, e sim porque o contra-ataque não foi armado, tanto pelos laterais Kevin e Pará, como pelos armadores Rafael Longuine e Guilherme.

Apesar de atuar fora de casa, em nenhum dos gols vimos um Guarani capaz de puxar os contra-ataques talhados. Pelo contrário. Toque de bola moroso, mudança de posição e a colocação pelos lados dava a chance do time alagoano posicionar-se. Sorte do Guarani que o goleiro estava em dia “inspirado”.

Ao chegar no estádio Brinco de Ouro, seria de bom tom a comissão técnica reunir-se com os responsáveis pelo departamento de futebol e recordar uma pequena história ocorrida em 2017.

Nela, um treinador tarimbado chamado Vadão ajeitou a equipe apesar da limitação do elenco e apostou tudo na velocidade de Bruno Nazário e de Braian Samudio. Um belo dia, Samudio deu adeus, Vadão ficou sem sua peça de velocidade, o time virou de ponta a cabeça e o rebaixamento quase virou realidade.

A vitória e os três pontos conquistados não podem adiar a necessidade de urgente de encontrar mais jogadores de velocidade além de Nazário, Erik e Kauê. Ninguém quer passar a reta do final do ano com a calculadora no bolso. Só se for para pensar em divisão de elite.

(análise de autoria de Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Ótima análise. Indiscutível. Boa lembrança da saída do Samúdio (e Auremir) e consequente queda de produção, no ano passado. Um jogador de velocidade faz falta. Lembro-me do Fabinho, em 2009 e 2012. Era um jogador imprescindível para o time, um verdadeiro desafogo na hora do aperto. Infernizava as zagas adversárias.