Ivan e Felippe Cardoso: nem tudo foi tragédia na campanha da Ponte Preta

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O pontepretano tem total razão em encontrar-se chateado. A campanha no Paulistão foi decepcionante e os dias não parecem bons. Tudo parece direcionado a uma tragédia na Série B do Brasileirão. Nem tudo são espinhos. Os 12 jogos da fase inicial produziram o aparecimento de atletas com potencial para crescerem de produção e viabilizarem frutos financeiros em médio e longo prazo.

Ivan é a primeira boa notícia. Ágil, com boa colocação e atento nas jogadas aéreas, o goleiro de 20 anos teria tudo para sucumbir. Substituiu o ídolo Aranha, retirado do clube em conjuntura nada alvissareira. Pelo contrário. O neo arqueiro deu conta do recado e quase não falhou.

O respaldo de beques mais experientes como Luan Peres e Renan Fonseca colaborou para a tranquilidade de veterano exibido nos jogos. A Macaca não pode cometer o desatino de buscar um goleiro para a Série B. É preciso dar continuidade ao trabalho de maturação, mesmo que tenha um dérbi à vista na quarta rodada da segundona.

Se Ivan chamou a atenção por fechar o gol, o centroavante Felippe Cardoso notabilizou-se pelo faro de gol. Sua importância foi além dos três gols anotados. Ele demonstrou aptidão para a posição. É eficiente pelo alto, atrapalha o zagueiro adversário e não tem pudor e voltar ao meio-campo e participar da armação. Sua ausência por quatro rodadas foi o ingrediente principal para armar o cenário de apenas seis gols em 12 rodadas. Voltou contra a Ferroviária, é verdade, mas longe da forma ideal.

Poderiam produzir mais? Óbvio que sim. Não podemos ignorar a decepção gerada por Silvinho e Tiago Real, contratados para dar respaldo técnico e que decepcionaram.

Contratações devem ser feitas para a segundona nacional não só para para aprimorar a qualidade do elenco – uma necessidade –, mas especialmente para abrir espaço e construir a blindagem necessárias para os atletas oriundos das categorias de base. Não custa continuar a aposta em algo bom, barato e identificado com o clube.

(análise feita por Elias Aredes Junior/foto: Ponte Press)

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