Liderança e defesa impecável: o que falta para o ataque do Guarani deslanchar de vez na Série C?

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Ataque ganha jogo e defesa ganha campeonato”. Quem nunca ouviu essa expressão dita por treinadores, comentaristas e jogadores de futebol e de basquete? O conceito é simples: você precisa do craque, do atacante rompedor, mas sem um bom sistema de armação a missão de erguer o caneco e fazer história fica difícil. Se tal teoria for levada a ferro e fogo chegamos a conclusão de que o Guarani começou a construir o seu acesso pelo fim. Detalhe: a liderança do grupo comprova que a eficiência defensiva é suficiente para levar a melhor sobre os demais.

Senão vejamos: a defesa tomou três gols e na parte disciplinar a equipe tomou  11 cartões amarelos e nenhum vermelho. Um show de ponderação. O torcedor bugrino tem a segurança e a garantia de que, em caso de classificação a próxima fase, é bem provável que o acesso venha até sem nenhuma vitória nos dois jogos. Basta empatar com gols na casa do adversário e ficar no 0 a 0 no jogo decisivo no Brinco de Ouro.

Viver este momento de êxtase requer um requisito fundamental nos nove jogos restantes da Serie C: balançar as redes. O Guarani tem cinco vitórias, e excetuando-se o triunfo diante do Guaratinguetá, em todos os eles, o que se viu foi uma equipe com dificuldade para chegar as vitórias especialmente quando Fumagalli apresenta queda no rendimento físico.

Uma comprovação são os 12 gols que fazem contraponto aos 18 gols anotados pelo Botafogo, o melhor ataque. Domingo, contra o Ypiranga, o camisa 10 bugrino resolveu tudo em 20 minutos. Deu uma assistência e fez um gol. E quando a inspiração não for aproveitada? O que fazer? De que modo fazer?

Por uma questão de ética e esperteza, Marcelo Chamusca não queima seus armadores e atacantes. No fundo, no fundo, sua expectativa é que tanto Renatinho como Edinho, recuperados de lesão, possam auxiliar Everton na missão de balançar as redes e proporcionar tranquilidade até para Fumagalli dosar suas energias.

Porque ganhar o campeonato é fundamental. A arma já existe. Mas sem faturar os jogos, tudo não passará de desejo.

(análise feita por Elias Aredes Junior- foto de Israel Oliveira)