Negociação com Bruno Mendes expõe racha interno na direção do Guarani

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O sumiço do grupo de oposição não deu paz na vida política do Guarani. Com o time liderando a Série B com 27 pontos e fazendo uma campanha acima das expectativas, um racha interno entre Horley Senna e Palmeron Mendes Filho preocupa Vadão e a comissão técnica. A caneta ainda segue com Senna e algumas decisões do ‘ex-presidente’ entram em conflito com o atual comandante.

Palmeron aguarda o registro do cartório com a Ata que lhe dará de maneira legitima o direito de presidir o clube. A equipe do Só Dérbi apurou que a situação pode se arrastar até o final do ano e novas eleições não são descartadas. Senna preside o clube através de uma liminar e assinou todos documentos da CBF desde o início da Série B – e por isso o clube não sofre risco de punições.

 O cartório levanta dúvidas sobre a conduta das eleições para o novo Conselho de Administração do clube que foi realizado em três momentos. O novo presidente deveria ser eleito no dia 15 de março, mas a chapa de oposição, liderada por Junior Paes, acabou sendo impedida de disputar o pleito pela ausência de sócios apoiando o grupo. Além disso, a Justiça alega que o Guarani não cumpriu os prazos nas convocações de novas assembleias e quer esclarecimentos sobre os critérios para a formação do comitê eleitoral.

Enquanto isso, o poder segue com Horley Senna e novas divergências apareceram dentro do próprio grupo de situação. O racha se iniciou na contratação de Richarlyson. A reportagem ouviu fontes de dentro do clube que afirmaram o posicionamento contrário de Palmeron a chegada do volante, mas Senna bateu o pé e fechou com o atleta de 34 anos.

Agora, o desentendimento é sobre Bruno Mendes. Após o empate contra o Ceará por 2 a 2, no Brinco, Palmeron afirmou que “se a caneta estivesse com ele, Mendes teria sido apresentado”. O dirigente teria o apoio de Roberto Graziano, da Magnum, para bancar os vencimentos do jogador e desagradou Horley – que entrou em rota de colisão com o empresário no final de 2016. As discussões fizeram com que o clube colocasse em risco a contratação por uma questão de tempo hábil para inscrever o jogador, pois a janela de transferências internacionais fecha nesta quinta-feira.

Com o time liderando a Série B, caberá ao técnico Vadão isolar o elenco bugrino do racha político dentro do Brinco de Ouro. Na coletiva após a partida contra o Ceará, o treinador afirmou que espera a definição entre Palmeron e Horley Senna para saber se contará com Bruno Mendes, mas reiterou a importância de contar com um novo atacante para substituir Samudio, negociado, e Eliandro, entregue ao DM.

3 Comentários

  1. Júlio, muito bom. Obrigado por colocar o dedo na ferida. Essa situação não pode ficar assim. Os dois precisam se entender. Ego e vaidades podem acabar arruinando nossa campanha, que tem tudo para culminar em acesso, se mantivermos a pegada, a humildade, e, claro, se reforçarmos nosso time.

    Está claro que precisamos de reforços para o restante da competição. Com os jogadores machucados e negociados, não temos peças de reposição à altura, nem para o início dos jogos, e muito menos para o segundo tempo.

  2. cara sou macaca mas não é possível que as pessoas nunca hajam em nome de um bem maior…. ta na hora de se unirem… alias sou a favor de as diretorias de ponte e guarani começarem a pensar no futuro e projetar os times da cidade para serem times grandes…… com conquistas e tudo mais.. chega de sermos nanicos no mundo do esporte……

  3. Problema é que pequena sequencia de vitórias ou boas campanhas mascaram a situação administrativa dos clubes. Pelo menos o Guarani está com o sinal de alerta ligado após o Palmeron “vazar” que está sendo boicotado. Na AAPP, quando o time chegou à final do Paulistão, a diretoria era ótima (teve leitores aqui do Só Derbi que disseram textualmente isto) e agora que golearam o Coritiba, aposte, se engatarem uma nova sequencia de resultados positivos voltarão a falar de Libertadores e tudo mais.