O calor de Ribeirão Preto deve ser motivo de preocupação para a Ponte Preta?

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Um grande debate foi detonado nesta semana em virtude do jogo entre Ponte Preta e Botafogo ter sido marcado para Ribeirão Preto, às 11h e com previsão de temperatura de 39 graus. A parada técnica deverá ocorrer mas isso não tira de foco a perspectiva de desgaste e até de perigo para a saúde do jogador.

Falamos de esporte alto rendimento. Inúmeras pesquisas foram realizadas por fisiologistas e preparadores físicos sobre os malefícios de atuar no final da manhã e sob alta temperatura.

Não é um assunto novo. Em 2016, A Justiça do RN determinou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cancelasse jogos oficiais, entre as 11h e 14h, em todas as séries do Brasileirão.

Mais: a medida judicial determinou que no horário crítico, a CBF seria obrigada a monitorar, com profissionais qualificados, o estresse térmico provocado nos jogadores. A medição teria que ser executada por meio de um termômetro monitor do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (WBGT, na sigla em Inglês), que considera o efeito da temperatura ambiental, umidade e luz do sol. Se ultrapasse determinada temperatura, o jogo seria interrompido.

Em entrevista coletiva quando estava na Ponte Preta, Guto Ferreira explicou os obstáculos em relação ao atleta. O entrave principal estava na retomada da concentração logo após o despertar e cuja necessidade seria diferente em relação a pessoa comum que exerce funções laborais durante a semana.

Não é algo para ser desprezado. No próprio derbi contra o Guarani e realizado no domingo pela manhã, o próprio time titular treinado por Jorginho teve queda no rendimento físico.

Resumo da ópera: a Ponte Preta terá que superar seus limites se quiser acumular mais três pontos na classificação.

(Elias Aredes Junior)