O destino do Guarani será definido por 509 pessoas. Por que um grupo tão pequeno para definir o destino de um gigante?

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Não tenho conhecimento em detalhes do programa de governo de Palmeron Mendes Filho, candidato da situação e do oposicionista Odair Paes Junior para as eleições bugrinas programadas para o dia 15 de março. Não sabemos os planos para o futebol e como voltar a atrair a atenção de Roberto Graziano.

Só existe um conceito universal e que deve ser atacado: o Guarani não pode ser um clube para poucos. É degradante saber que 509 pessoas estão habilitadas para escolherem os sete novos integrantes do Conselho de Administração.

Imagine um clube centenário, campeão brasileiro, participante de Copa Libertadores e com projeção nacional tem seu destino definido por uma quantidade de pessoas que não se vê nem em condomínios de classe média.

As eleições deveriam servir para tirar dúvidas e fazer o diagnóstico correto. Os oposicionistas acusam a atual direção de empreender uma pressão nos bastidores responsável por provocar a saída de muitos sócios do quadro associativo e com isso beneficiar a base  apoiadora de Horley Senna.

A situação responde com o fenômeno vivido por outras agremiações, afetadas pelos novos condomínios e seus equipamentos. O trabalho para captação de sócio patrimonial seria mais dificultoso, tanto que foi aprovado no Conselho Deliberativo um projeto para trazer estas pessoas desertoras ao Brinco de Ouro.

Para piorar o quadro, não existe uma transferência de pessoas para o programa de Sócio Torcedor, que conta com 2185 integrantes. Uma lástima.

Uma abordagem deixa de ser enfatizada: quem vai querer vai ficar sócio de um clube marcado pela instabilidade política. Desde 2011, o Guarani teve na presidência Leonel Martins de Oliveira, Marcelo Mingone, Álvaro Negrão e Horley Senna. Quase um presidente por ano. Como confiar de que a instituição é bem administrada no meio de tanto caos ?

Você pode alegar que existe o lado passional. O torcedor poderia deixar o lado negativo de lado e investir na aquisição de um título patrimonial. Ok. Como fazer este investimento se a população em média, de acordo com institutos de pesquisa recebe em média R$ 2 mil ?

Independente do próximo vencedor, que ele ponha em ordem a casa bugrina, promova a pacificação política e saiba respeitar o ponto de vista do oponente. Quando tudo isso acontecer, não só o torcedor como qualquer residente em Campinas ficará motivado para participar da vida do Guarani.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Como é triste ler tais números, um clube e um time que tinha tudo para ser de vanguarda, hoje padece, graças a gestões de homens que diziam que o “amavam”.A verdade é que o Guarani virou um grande balcão de negócios.