O que é decepcionar ou jogar bem no futebol atual? Felipe Conceição provoca reflexão no Guarani

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Um conceito ronda a mente de torcedores e integrantes da comissão técnica: o que é jogar bem? Cada um tem seus preceitos. E isso ficou claro após a vitória do Guarani sobre o CSA por 2 a 1. Na entrevista coletiva, o técnico Felipe Conceição foi indagado diversas vezes sobre a questão da produção do time no gramado. Muitos criticaram de que o desempenho foi ruim.

Ele discordou enfaticamente. “Para mim, foi a melhor partida nossa desde que eu cheguei. Consistente, aplicado defensivamente, controlou um adversário muito difícil que, normalmente, comanda as partidas, que vem há seis jogos invicto, foi uma vitória espetacular”, afirmou o treinador.

É preciso compreender a sua declaração. Se realmente levarmos em conta o quesito técnico as avaliações negativas tem fundamento. Jogadores erraram passes, chutes foram desferidos de maneira equivocada e a posse de bola não foi aproveitada de modo consciente.

No futebol atual, a geração novata de treinadores não analisa seu trabalho apenas por esse ângulo. O aspecto tático é valorizado. Neste setor, o Guarani deu argumentos de sobra para que o seu treinador defendesse seu legado na entrevista.

O Guarani tem uma maneira de jogar. Com começo, meio e fim. Troca poucos passes, atua em velocidade, marca sob pressão nos minutos iniciais e em vantagem atua de modo compactado para retomar a posse de bola e sair em contra-ataque.

Nesta descrição é impossível discordar do treinador. Quase todos os atletas cumpriram suas determinações e dificultaram o jogo do oponente. A exceção ficou por Murilo Rangel, claramente fora de sintonia. Não por falta de esforço. Questão de estilo.

Ninguém está errado. É a necessidade de apenas acertarmos o enfoque. Definir se um time jogou mal ou de modo satisfatório ficou muito mais profundo. Precisamos nos adequar.

(Elias Aredes Junior-foto do departamento de comunicação do Guarani)