Os bastidores das idas e vindas para a escolha do novo técnico da Ponte Preta

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A escolha do novo técnico da Ponte Preta virou  enredo de novela. Vilões, personagens cômicos e mocinhos apáticos transformaram o estádio Moisés Lucarelli em palco de um autêntico campeão de audiência. A dúvida é saber se o gênero oferecido ao público é de uma comédia pastelão ou um drama de choro contido.

O capitulo inicial foi detonado após a demissão de Felipe Moreira na sexta-feira (3). O nome de Oswaldo Alvarez surgiu de cara e perdeu ímpeto em questão de horas. Motivo: o temor pela demora de sua adaptação ao futebol masculino após a passagem pelo time feminino da CBF. Plano descartado, veio logo o candidato seguinte: Gilson Kleina. Com o maior número de jogos pela Macaca  (115) desde que Carnielli chegou ao poder, em 1996, Kleina goza da simpatia do presidente de honra. O problema é a  multa contratual prevista no Goiás, seu atual clube. Apesar das críticas da torcida local, a diretoria esmeraldina aprecia o trabalho e banca sua manutenção. Parece distante. Mas uma reviravolta não está descartada.

Diante do entrave, um “racha” ficou estabelecido. O presidente pontepretano Vanderlei Pereira tinha predileção por Enderson Moreira. O vice-presidente Giovanni Dimarzio defendia a nomeação de Vadão ou uma oportunidade para Ney Franco. Em contrapartida, tanto o diretor de futebol Hélio Kazuo como o gerente de futebol, Gustavo Bueno defenderam o nome de Doriva e foram derrotados na largada. Foi neste instante que Bueno sugeriu a colocação de Adilson Batista.

Uma proposta foi encaminhada e o acerto parecia uma questão de horas. No entanto, a rejeição da torcida pelas redes sociais e nas participações nos programas de rádio demoliram a pretensão da cúpula do futebol pontepretano.

Surgiu ainda um desencontro de versões para a desistência. Uma ala da direção de acordo com apuração do SóDérbi reitera de que foi o treinador que tomou a iniciativa de desistir da empreitada. Integrantes do staff do departamento de futebol, no entanto, passaram a sustentar nos bastidores que a negociação nunca foi feita em bases concretas. Aconteceu, no máximo, uma sondagem.

Independente do nomeado, um fato é certo: nunca a diretoria da Macaca esteve tão desencontrada em relação ao que deseja em termos de filosofia para o departamento de futebol. Uma trapalhada sem graça.

(texto, reportagem e análise de Elias Aredes Junior)

4 Comentários

  1. O time é bom, está jogando bem. Não vai correr riscos, é isso que importa. Se eu fosse a AAPP, deixava o interino até o fim do Paulistão, para economizar e aumentar o caixa.

  2. Profeta, o time é razoável, com duas peças boas (Potker e Lucca) e está apresentando um futebol horroroso. Não tem padrão, triangulações, aproximações, nada! Precisa sim de um técnico competente.

  3. Sim, a questão é treinador. A AAPP está boa de elenco. Para o Brasileirão, basta trocar o comandante e o time fará uma boa campanha, entre os 10 primeiros. Como torcedor, infelizmente essa é a verdade rsrsrs.

  4. Seria uma temeridade estrear qualquer dos técnicos citados numa partida contra o Corinthians, mesmo jogando em casa. O correto seria manter o interino até esse jogo. Mas a pressão dos torcedores e da imprensa estavam fortes para que a Diretoria anunciasse o novo treinador. Na minha opinião soltaram esse balão ou fumaça, que foi o anúncio da contração do Adilson Batista, que já sabiam haveria muita rejeição, como houve, aí desiste-se do mome indicado, mantém o interino que consegue fazer o time, vibrar e jogar, e assim a Diretoria ganha tempo, para em caso de vitória, domingo, manter o Brigati ou trazer um nome que agrade a todos.