Parece Fácil? Armadilhas e ciladas para o Guarani desmontar em Florianópolis

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O futebol é uma eterna pegadinha. Cheio de armadilhas. Nem tudo que reluz é ouro. Não há frase mais especial para encaixar-se em determinadas ocasiões. O Guarani vai enfrentar o Figueirense neste sábado, às 19h, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis e em conjuntura normal deveria ficar tranquilo quanto a possibilidade de vitória e entrada em definitivo na briga pelo acesso.

As informações favorecem ao otimismo. O time catarinense está na zona do rebaixamento, com 21 pontos ganhos e vem de um empate em casa contra o Goiás e uma derrota para o Náutico.

No ranking dos mandantes, o retrospecto é trágico com 10 pontos somados em 11 jogos. Tem o posto de segundo pior mandante. Ostenta a segunda defesa mais vazada, com 31 gols sofridos em 21 duelos, a frente  do Brasil de Pelotas, com 34 pontos.

Estipulado como possível candidato ao acesso na largada da segundona, o time  incute sofrimento para comemorar gol, pois dos 11 confrontos como mandante, em quatro não balançou as redes: na derrota para o Boa Esporte e Ceará, ambos por 2 a 0, no revés diante do Vila Nova ( 1 a 0) e o empate sem gols contra o Oeste.

Números e fatos que podem ser uma ilusão. Um dos motivos é o aproveitamento deficiente do Guarani como visitante, com 8 pontos em 10 jogos está na 15ª colocação no ranking de visitantes e por enquanto não transmitiu confiança. A última vitória longe de Campinas aconteceu no dia 01ºde julho quando venceu o ABC por 1 a 0.

O componente emocional será fator decisivo. Uma série de ações devem ocorrer por parte da torcida do Figueira para criar um clima de “guerra” dentro do estádio em Floripa. O torcedor Danilo Schimidt organizará uma recepção aos jogadores para criar uma atmosfera de “virada” e planeja gastar por intermédio de financiamento coletivo o valor de R$ 1,7 mil. Mobilização a toda prova.

De quebra, jogadores e ídolos do Figueirense utilizam as redes sociais para fazer vídeos de incentivo ao atual elenco. Não para nisso. As contratações de Abuda, João Lucas e Xuxa transmitem a sensação de que algo novo será feito e cuja “cereja do bolo” é a volta do armador Marco Antônio, recuperado de lesão na panturilha.

O cenário desenhado alerta  para o espírito exigido. Ao contrário de um candidato a terceirona, o Guarani precisa pensar que terá América Mineiro ou Internacional diante de si. Que deverá jogar tudo que sabe e de quebra fugir dos contratempos.

A Série B não é uma competição para apurar os quatro melhores, mas principalmente para saber quem tem capacidade de escapar dos imprevistos e ciladas da bola.

(análise feita por Elias Aredes Junior)