Ponte Preta e a temporada de 2023. O futuro começa agora!

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Muitos torcedores da Ponte Preta estão frustrados. Perder da Chapecoense por 3 a 0 quebrou o encanto. O embalo que poderia levar o time a conquista do acesso ficou mais distante. Muitos consideram que disputar a Série B do Campeonato Brasileiro para ficar na zona intermédiaria da tabela é perda de tempo. Para esse grupo de torcedores, a Série B tem por objetivo apurar quatro campeões. O vice-campeão é o quinto lugar. Pois enganam-se aqueles que inutilizam as 10 rodadas finais. O personagem do dia é o tempo. É o futuro que já começou no estádio Moisés Lucarelli.

Apesar da série A-2 dotar de um orçamento menor e um funil hiper estreito, com apenas duas vagas disponíveis, não há duvida que as partidas finais podem ser o alicerce para construir a conquista do acesso e do alivio do torcedor, que terá reestabelecida a sua honra.

Missão prioritária é renovar o contrato de Hélio dos Anjos. Entrosado com o presidente Marco Antonio Eberlin, com a casca grossa formada após uma temporada dura, ele pode ser o caminho para construir um time competitivo e de extrema força física para a parte inicial de 2023.

Em contrapartida, é preciso discutir desde já que jogadores podem ser colocados a disposição do mercado para serem vendidos e com isso viabilizar uma boa arrecadação. Hoje, o candidato numero 01 é Wallisson, em que Alvinegra tem 50% dos direitos econômicos. Valor? R$ 30 milhões de multa rescisória, o que garantiria para a Macaca a folha de pagamentos necessária para construção de uma equipe competitiva na Série A-2. E todo dinheiro será bem vindo, especialmente porque visibilidade será artigo em falta durante a exibição da Série A-2.

Mas que ninguém se iluda. Jovens como Thiago Oliveira, Felipe Amaral e Léo Naldi daqui a pouco podem fazer parte do rol de prioridade dos gigantes brasileiros e com isso viabilizar grande soma de dinheiro. Bem, isso se ex-dirigentes não pedirem bloqueios nas contas da Macaca.

E durante o planejamento, um item não pode ser esquecido: a torcida. A reta final da Série B tem que servir para mobilizar a torcida, construir um cenário para que o torcedor tenha o sentimento de pertencimento e que a política de ingressos seja mantida para a Série B.

A Série B de 2022 será um aquecimento em sua reta final para os desafios de 2023. Um aviso de que existirá um retorno ao passado. Especificamente para 1999, quando a Macaca disputou a Série A-2 e no quadrangular decisivo superou o Etti Jundiái, o Mirassol e a Francana e carimbou o seu retorno a divisão principal. A partir daí, a Macaca viveu um periodo com boas participações tanto no Paulistão, em que foi semifinalista em 2001, como também no próprio Brasileirão em que participou de fases decisivas e o Majestoso era uma rotina.

Qualquer torcedor deseja um 2023 mágico. Para que tal objetivo seja alcançado, será preciso voltar ao passado para construir o futuro. E começa por um fechamento de ouro na Série B de 2022. Que não deve ser vivido agora com melancolia e sim a esperança de que dias melhores virão.

(Elias Aredes Junior-com foto de Álvaro Junior Pontepress)