Ponte Preta está envolvida em uma calmaria enganosa. O abismo é logo ali…

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O ministro da fazenda, Paulo Guedes, quando é encurralado por repórteres e opositores sempre diz que a democracia é barulhenta e as contestações ao seu trabalho são normais. Gosto de barulho. Aprecio. Sinal de vida, discordância, debate, troca de ideias e busca de excelência.

A Ponte Preta vive na atualidade um silêncio que merece destaque. Nenhuma polêmica. Nenhuma notícia que agite os bastidores. Nenhuma contestação forte ao trabalho da Diretoria Executiva comandada por Marco Antonio Eberlin e do técnico Hélio dos Anjos. Pois eu digo: paz de cemitério. Está com 8 pontos, um a frente da zona do rebaixamento. Uma piscada e o pesadelo recomeça.

A Ponte Preta vive um silêncio enganoso. Problemas se acumulam e não há esclarecimento ao torcedor da sua solução. Dívidas? Problemas administrativos? Por um instante, vamos esquecer daquilo que foi gerado pela administração anterior. Vamos analisar os problemas atuais.

A Ponte Preta é um time que não chuta a gol. Uma equipe frágil no ataque e que depende de determinada formação para fazer diferença na defesa. Não basta apenas o técnico explicar os motivos em uma entrevista pós-jogo. Os reporteres precisam voltar a ter acesso aos treinamentos. Até para tirarem suas próprias conclusões se a incompetência nas finalizações é uma questão de debilidade técnica ou falha na metodologia de trabalho de Hélio dos Anjos.

Não podemos fugir da constatação: o elenco é fraco tecnicamente. E só não é pior porque os garotos oriundos das categorias de base elevaram a qualidade média do time titular e do elenco. Senão poderia ser uma tragédia. Sem contar a extrema dependência técnica de Lucca.

Então, não justifica tal silêncio e calmaria pelos lados do Majestoso. Ah! E em tal quadro, as hostes oposicionistas tem todo o direito de protestarem. Nem que seja uma meia dúzia de torcedores. O que não dá é aturar essa pasmaceira.

Essa calmaria aparente pode ser boa para a Comissão Técnica, para a Diretoria Executiva, ao presidente Marco Antonio Eberlin e aos jogadores. Mas é pessima para a Associação Atlética Ponte Preta, cujo torcedor já está ferido por um rebaixamento no Campeonato Paulista.

O que é Ponte Preta precisa é barulho, cobrança, alarido e pressão positiva. A letargia é o passo inicial para trilhar o rumo do abismo.

(Elias Aredes Junior)