Ponte Preta: nem tudo está resolvido!

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A Ponte Preta entrará com moral para o jogo deste sábado contra o São Paulo, às 19h30, no Moisés Lucarelli. Além de ter vencido o Grêmio Osasco Audax, a equipe melhorou o seu sistema de marcação e o setor ofensivo, com Wellington Paulista mais próximo de Rhayner e Felipe Azevedo. Tais predicados não querem dizer que tudo está resolvido. Longe disso. Alexandre Gallo tem uma série de ajustes a promover e o risco da irregularidade é real.

O conserto começa pelo sistema defensivo. Douglas Grolli deverá ser guindado a condição de titular, até por sua característica mais voltada a velocidade. Duro será escolher o seu companheiro. Por um motivo: ninguém passa por boa fase técnica, seja Tiago Alves, Ferron ou Fábio Ferreira.Não há perspectiva de utilização de Wellington, recentemente contratado. Também não há possibilidade de cravar uma dupla ideal apenas pelo nome, pois a composição deste setor passa pelo “casamento” das características de um ou de outro.

No meio-campo, apesar da volúpia de Jonas existe um descompasso entre ele e seu companheiro de setor Elton. O primeiro é encarregado da pegada mais forte enquanto o segundo deveria voltar para compor e sair para o jogo. Muitas vezes, de modo bem intencionado, Elton vai e não volta, o que atrapalha a recomposição e deixa Jonas exposto e forçado a cometer faltas . Se deseja continuar jogando com três armadores, sendo dois abertos pelas pontas, Alexandre Gallo poderia tentar uma concepção de jogo em que Elton fique mais preso e focado em dividir as tarefas com Jonas.

Na armação, não há o que contestar o futebol jogado por Rhayner e nem Felipe Azevedo, este dedicado a marcação mesmo quando não faz boa partida. O sonho de todo treinador.

Duro é decifrar um enigma chamado Clayson. Quando desembarcou no Estádio Moisés Lucarelli, seu nome era das apostas até para futuramente substituir Biro Biro, hoje no futebol chinês. Nada deu certo. Seja centralizado ou pelos lados, Clayson mostra-se um jogador apático, distante e por vezes inspiração. É o caso de desistir do jogador? Nunca! Ele já exibiu seu potencial no Ituano e até em alguns lampejos na Ponte Preta. Por vezes, a solução da produtividade passa por uma pesquisa na busca de algum entrave emocional.

Conseguir recuperar Clayson é vital para oferecer novas opções para a Macaca, que futuramente terá a disposição Felipe Menezes e Cristian, que recupera-se de lesão.

O time não é nenhuma maravilha. Mas pode jogar mais. Deve jogar mais. Até para que uma base seja mantida e tudo fique afiado antes da estreia no Campeonato Brasileiro.

Alexandre Gallo tem poucos dias para corrigir falhas em um trabalho bem intencionado, mas que falhou na sua aplicação. Não é pouco.

(análise feita por Elias Aredes Junior)