Quatro motivos para o Guarani lutar com unhas e dentes pelo acesso

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O Guarani viverá daqui a oito dias o primeiro capítulo de sua saga para sair da terceira divisão. Diga-se de passagem vai debutar nas quartas de final da Série C do Brasileirão. Mérito do técnico Marcelo Chamusca, condutor de uma campanha impecável na fase inicial.

Nada está garantido. O regulamento é traiçoeiro e o atacante Reinaldo Alagoano está louco para atuar como o carrasco de um clube centenário e detentor de título brasileiro. Não há como deixar de abordar as possíveis vantagens a serem desfrutadas em caso de acesso em 2017.  Quero listar quatro vantagens que aparentemente esquecemos ou não damos valor.

1- O Mercado de jogadores oferecerá melhores opções- Com R$ 8 milhões para o campeonato todo, a dedução é que o Guarani tenha capacidade de gerir seus recursos e montar um time competitivo. Mais: automaticamente existiria a separação dos R$ 350 mil aportados pela Magnum para sustentação da estrutura e pagamento dos funcionários. De imediato, o Guarani terá acesso a jogadores de melhor quilate técnico e talhados na Série B.

2- Busca de patrocinadores- Será facilitada. O Guarani teria no minimo 57 jogos na temporada sendo que os 38 da competição nacional teriam transmissão direta. Ou seja, maior chance de exposição de marcas. Um cenário mais fácil para viabilizar patrocinadores e recursos para bancar o departamento de futebol.

3- Sócio Torcedor turbinado- O Guarani não consegue emplacar o seu programa de Sócio Torcedor. De acordo com o projeto Futebol Melhor tem 2185 participantes. Ao olharmos o perfil médio do torcedor brasileiro, que gosta e aprecia jogos de grife, que atrativos oferece a terceirona nacional para sair de casa? Hoje, o bugrino que comparece aos jogos toma tal postura porque gosta e ama o Guarani. É preciso atrair para o Brinco de Ouro aquele apreciador dos grandes jogos, aquele que é bugrino e apreciador do futebol como entretenimento. E isso a Série B tem de sobra para oferecer.

4- Retorno ao noticiário nacional- Hoje o Guarani está desaparecido. Ninguém fala em âmbito nacional. Os jogos da Série C, para dizer a verdade, servem apenas para preencher a grade das emissoras públicas e de assinatura. Na Série B, não. Os programas abordam os jogos principais, fazem cobertura pós jogo de modo intensivo e uma vez ou outra sites de grande alcance realizam reportagens. Afinal, a Série B exibe candidatos a perfilarem na divisão principal. Nada mais justo acompanhar o que fazem. O Guarani está fora desta ciranda. Precisa entrar. Isso só é possível se passar pelo ASA. Caso contrário, continuará escondido.

Poderia citar outros elementos. Mas estes quatro tópicos são suficientes para demonstrar que, caso consiga seu objetivo, o Guarani passará a viver novos dias. Algo que parecia distante após tantos desmandos e incompetência.

(análise feita por Elias Aredes Junior)