Sempre fui um defensor dos pontos corridos. Além da justiça da formula em si, a metodologia de disputa força com que os clubes sejam modernos e profissionalizem sua gestão. Contar com calendário definido quase que obriga as equipes a adotar um padrão de excelência.
Considero o mata-mata adequado para as disputas de copas. Toda regra tem exceção. Sou admirador confesso do futebol inglês e considero que as divisões de acesso neste país encontraram uma formula interessante e que poderia ter a devida adaptação.
Hoje, temos quatro equipes promovidas na Série B. Uma boa saída seria promover automaticamente o campeão e o vice-campeão da Série B. Após 38 rodadas nada mais natural e salutar do que conceder a vaga direta a quem esteve acima dos demais.
E as outras vagas? Simples: o terceiro, quarto, quinto e sexto colocados seriam os protagonistas de um mata-mata decisivo em que o terceiro enfrentaria o sexto colocado e o quarto e quinto protagonizariam o outro confronto. Os vencedores de cada partida após 180 minutos estariam na divisão de elite.
A medida teria efeitos imediatos. Primeiro que valorizaria a quinta e a sexta posições. O equilíbrio da competição poderia fazer com que até o oitavo colocado nutrisse esperanças de acesso até a última rodada, pois disputaria a sexta colocação e a consequente vaga no mata mata.
Para as emissoras de televisão seria uma forma de dar visibilidade a Série B, pois as partidas seriam nas primeiras datas após o encerramento da divisão principal.
Fato que de certa forma a primazia de valorizar os melhores pelos pontos corridos estaria assegurada e ainda teríamos um plus para a reta final de temporada. Uma pena que os dirigentes brasileiros não tenham capacidade para ter boas ideias. Quando tem.
(Elias Aredes Junior)
Discordo Elias.
Os pontos corridos privilegiam os clubes com alto investimento, criando uma grande distância entre eles, fazendo até mesmo que eles desapareçam. Eu acho que a salvação do nosso futebol é retornar aos mata-matas com quartas, semi e finalíssima.
É a unica forma de dar uma chance aos mais humildes de sobreviverem.
Agora, claro, administrações profissionais comprometidas com a transparência nos clubes é uma necessidade independente da forma de disputa.