Quem dá as cartas na República dos Puxa-Sacos do Guarani

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Nos últimos 20 anos, a política maltratou o Guarani Futebol Clube. Um revezamento de presidentes e fracassos transformaram o clube em fonte de traumas e tragédias. O torcedor procura um Messias para tirá-lo do deserto.

Não pense em dificuldades de atuação da República dos Puxa-Sacos. Nada disso.

Assim como uma porção mágica de uma história infantil, uma parte relevante da torcida bugrina foi enfeitiçada. Não quer acordar de um sonho que sai do nada e vai para o lugar nenhum.

Terreno fértil para a RPS. Que formulou dentro da comunidade bugrina um código próprio. Com “partidos políticos” determinantes e militantes aguerridos. Não é difícil detectá-lo. Vamos enumerá-los:

Partido do Horley Senna (PHS): Com o “auxílio de seus pares”, ficou próximo de ganhar um status de anjo, apesar de suas trapalhadas no relacionamento com a imprensa e idas e vindas no futebol. Seus militantes agradecem tanto o pagamento das dívidas trabalhistas que ignoram o atraso na infra-estrutura do clube.

Partido do Roberto Graziano (PRG): Tem uma característica peculiar: tem um único integrante. Mas com poder de influenciar todos os outros partidos da RPS bugrina. Na dúvida, todos falam amém aos seus pensamentos. Especialmente porque o seu bolso cheio pode ser a senha da salvação.

Partido Do Conselho Deliberativo Molenga (PCDM): Em conjuntura normal, seria a instância de atuação da oposição e de cobranças aos atos do executivo. O clima é tão camarada que até o presidente do PHS costumeiramente cumprimenta os integrantes do Conselho por não “jogarem contra”.

Partido Preso ao Passado (PPP): São os refratários a encarar a realidade. Não aceitam a escalação de Edinho ou Auremir pois acreditar que um milagre trará de volta o cabeça de área Zé Carlos ou até de Capitão para levar o Guarani a um novo período de glórias. E que o Guarani viverá para sempre o dia 13 de agosto de 1978.

Partido do Alienado Bugrino (PAB): Não é numeroso mas tem uma fixação na mente: a imprensa não pode criticar. Não pode apontar falhas. Sequer dizer o óbvio: que em determinadas circunstâncias, antes da bola rolar, o Guarani pode sim ser inferior algum adversário. Neste caso, o que gostam e querem são profissionais doces, que vislumbrem qualidades até quando o time perde de goleada ou que encare rebaixamentos como acidentes de percursos.

Partido da Oposição Ignorada (POI): Eles reclamam pelos cantos. Protestam contra a desobediência do Estatuto. Denunciam mazelas dos poderosos. Demonstram medo sobre o futuro do Guarani. Repudiam o acordo com a Magnum e o empresário Roberto Graziano. Dura constatação: ninguém liga. Ou nem quer ouvir o que esta turma tem a falar.

Associação da Imprensa Pressionada (AIP): São profissionais dedicados e que acreditam na liberdade de imprensa, na possibilidade de crítica e debate de alto nível. Como resposta, recebem um gesto de opressão. Pensam que estão na China ou na Coréia do Norte. Mas estão na cobertura do dia a dia do Guarani. E os petardos aparecem de todos os lados.

Por que o essencial para a militância é fortalecer a RPS. Que não abre mão de um puxa-saco de carteirinha.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

 

 

13 Comentários

  1. Tem tbm o PPC PARTIDO PRazer em criticar. É o seu Elias.

    Uma coisa é critica construtiva como a Band faz, outra coisa é vc que critica por criticar. Tem prazer em crítica

    Isso é tão evidente, q vc fala em melhora de infra, se esquecendo de que o resgate de um time como o Guarani é incremental. Pensar em infra se ainda temos milhões de dívidas e nem sabe onde será o próximo estádio? Ou será q vc faz reforma e compra moveis novos sem saber onde vai morar e devendo pros outros????????

    Quer criticar faca isso, o Bugre precisa disso, mas abandone a fixação doentia do prazer em criticar

  2. Falou o representante e militante do Partido dos Alienados Bugrinos. Sugestão: antes de estabelecer o que é crítica boa ou ruim no âmbito jornalistico faça um curso de jornalismo. É de bom grado…

  3. E mais: vc diz que essa coisa de criticar por criticar porque vc e muitos querem viver no mundo do faz de contas. Te digo vários clubes que estiveram em situação até pior que o Guarani e hoje estão bem melhores. Mas tudo bem. Eu vou insistir. Um dia vc acorda…

  4. Então pq vcs fez um curso de jornalista é melhor do que eu? Parabéns bam bam bam
    O pobre que sustenta filhos e não tem condições de fazer faculdade não pode opinar! Vc é um opressor, classista, discrimina os pobres!!!!

  5. quem discrimina é vc ao perseguir profissionais que desejam fazer seu trabalho de maneira honesta e correta, sem vínculos promíscuos….

  6. Numa discussão eu sempre vou contra o bugrino(kkkkkkkk…. brincadeira), mas Elias logicamente q vc tem todo direito de resposta porém não vejo com bons olhos um profissional discutindo com leitor por não concordar com o q foi escrito e principalmente usar termos como “alienado” e “acorda”.
    Fica aqui uma crítica construtiva

  7. Eu também, Batagini, aqui excepcionalmente vou concordar com o bugrino (acertei agora, o corretor de texto insiste em”burrinho”): Elias Arede tem boas análises, mas acha que é o dono da verdade e não dá o braço a torcer quando contestado. Tem que ser mais humilde pra ser kevado mais a sério.

  8. O motivo de alguns nao me levarem a sério não tem nada a ver por me achar o dono da verdade. É por outros motivos que vcs nunca vão admitir…

  9. Elias apelou, usou do “argumento de autoridade” nisto aqui: “Sugestão: antes de estabelecer o que é crítica boa ou ruim no âmbito jornalistico faça um curso de jornalismo.”
    Foi em resposta ao leitor Augustus, que fez uma contra-argumentação até interessante, mas recebeu uma grosseria sem tamanho…