Realidade e Obrigação: a cenário da Ponte Preta após a saída de Hélio dos Anjos

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O pedido de demissão do técnico Hélio dos Anjos do comando da Ponte Preta gerou dois cenários distintos, o da realidade e da obrigação. 

Seja por desgaste na relação com a Diretoria Executiva ou por frustração de não ter recebido os reforços desejados, o ex-técnico pontepretano produziu uma declaração do presidente Marco Antonio Eberlin que não poderia ser realista. “Hélio queria um time ainda mais competitivo, mas tenho que ser correto com o torcedor e com o meu Conselho Deliberativo. Não posso trazer jogadores com salários de Série A, porque não vou conseguir honrar com os compromissos”, disse o presidente pontepretano em entrevista á Rádio Bandeirantes de Campinas. 

O recado não poderia ser mais claro: a Ponte Preta tem limites orçamentários e terão que obedecidos.

Não pode ser melhor? Não, não pode. Só existe um caminho: tirar muito do pouco. A torcida quer um timaço? Quer brigar pela ponta? Evidente que sim. Mas não dá para dar o passo maior que a perna. Fazer um pacto com gestão responsável é o caminho.

Isto não exclui uma missão: o próximo técnico terá que fazer uma campanha irretocável ou digna da história da Ponte Preta. Hélio dos Anjos saiu no auge e com um título conquistado. Está eternamente na memória coletiva do torcedor. Um fracasso ira acionar um gatilho na torcida. Fato. Se Hélio dos Anjos encaminha sua sequência profissional também é verdade que sua sombra vai pairar por muito tempo no Majestoso. 

(Elias Aredes Junior com foto de Diego Almeida-Pontepress)