Recolocar o futebol de Fumagalli em alto nível. A prioridade da comissão técnica do Guarani

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Nestes dias iniciais de Vadão como técnico bugrino, uma pergunta salta aos olhos: como Fumagalli será utilizado? De que maneira o camisa 10 será encaixado em sua filosofia de jogo ? O ano tem sido acidental. Começou com uma relação conflituosa com Ney da Matta, encarou um respeito protocolar de Maurício Barbieri e no meio deste turbilhão os gols escassearam.

Dois cenários não podem ser ignorados. Os seus 39 anos limitam a execução de suas tarefas. Hoje, um autêntico camisa 10 preza por auxiliar na marcação, no fechamento dos espaços e na indução de velocidade dos titulares. Fumagalli tem técnica apurada e habilidade, mas o seu ritmo, por mais que se esforce, fica aquém daquilo que se espera de um atleta  da posição no Século 21.

Os antecessores de Vadão tentaram de tudo. Escalaram Fumagalli como segundo volante, atacante com função de auxiliar o centroavante ou armador pura e simplesmente. Nada parecia dar certo.

Contra o Água Santa percebeu-se Fumagalli mais á vontade. Por um motivo: Uederson, Auremir e Evandro ficaram como volantes e  Bruno Nazário ganhou liberdade de movimentação e com obrigação de marcar. Fumagalli ficou posicionado quase ao lado de Eliandro e sem tanta obrigação de fechar os espaços. Na hora do sufoco na segunda etapa, o camisa 10 controlou o jogo e tocou a bola antes de sair para a entrada de Renato.

Pode melhorar? Sim. E Vadão já demonstrou que terá paciência para aguardar o retorno. “Conheço bem o Fumagalli. Até o final do ano passado ninguém lhe contestava. Fez um final de Série C extraordinário. Não pode um atleta perder tanto em pouco tempo. Ele teve uma queda com o próprio grupo, que não conseguia se acertar. Com a evolução da equipe, existirá a evolução do Fumagalli”, completou. “Ele continua com sua colaboração inclusive na parte tática. Até o final da Série A-2 teremos um outro Fumagalli”, completou.

Se Vadão tiver êxito no seu plano, Fumagalli ganhará por encontrar o espaço desejado para jogar seu futebol e o próprio Guarani terá um trunfo para buscar o acesso e a manutenção na segundona nacional. Não custa tentar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)