Preguiça é inimiga da competência. Comodidade impede a criatividade. Ao verificar a noticia de que Renato Cajá poderá vestir novamente a camisa da Ponte Preta, tive uma percepção imediata: apesar de ser uma ótima contratação em relação a qualidade reinante no elenco pontepretano, não dá para ignorar que os responsáveis pelo futebol da Ponte Preta (leia-se Gustavo Bueno) optaram pela estratégia mais fácil.
Ninguém recusa o poder de decisão de Cajá. Se o Juventude chegou a Série B deve muito ao seu futebol. Meu foco é outro. É a incompetência da diretoria executiva e de Gustavo Bueno em mudarem o roteiro.
Duro contratar um meia armador de qualidade? Concordo. Não é impossível. Dirigentes devem colocar o pé na estrada, conversar, trocar ideias, assistir jogos ao vivo, cruzar informações e detectar se o atleta está dentro do perfil da agremiação.
Renato Cajá é a comprovação da Ponte Preta presa em seus próprios dogmas. Medo da reação da torcida em caso de contratação de alguém que ninguém conheça.
Tem que virar a página.
Até porque Londrina e Coritiba estão atrás de Renato Cajá. Ou seja, em caso de fracasso, não tem plano B. Por que? Simples: é difícil raciocinar com controle remoto, celular e pantufa no fé. Oremos.
(Elias Aredes Junior)