Reportagem Especial (Parte III): Uma decisão que retrata um tempo que não volta

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Apesar de ter sido envolvido em uma confusão de bastidores detonado pela Copa União e ter disputado uma final de Brasileirão contra o Sport Recife em 1988, a decisão contra o São Paulo no dia 25 de fevereiro de 1987 foi a última decisão nacional de divisão de elite e com repercussão do qual o Guarani participou. Mais: foi um jogo que representou de certa forma uma época de ascensão do time bugrino  na parte administração e esportiva.

Na década de 1980 o Tobogã foi viabilizado e tal obra foi fundamental para o Alviverde registrar recordes de público, como do próprio embate com o São Paulo, com 37.370 pagantes.

Ao lado disso, resultados positivos, como a conquista da Taça de Prata de 1981 e o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de 1982, eliminado na semifinal para o campeão Flamengo davam esperança de um crescimento contínuo.

Contabilize-se a terceira posição no Paulistão de 1985, sob o comando de Beto Zini na diretoria de futebol.

Eram outros tempos. O investimento no departamento de futebol era rotineiro. Em matéria publicada no jornal “O Estado de S. Paulo” no dia 25 de fevereiro de 1987, o então presidente Leonel Martins de Oliveira comemorava o investimento de Cz$ 20 milhões (cruzados) e de Cz$ 6 milhões só em contratações.

O centroavante Evair, o atacante João Paulo e o zagueiro Ricardo Rocha conviviam com convocações para a Seleção Brasileira. Outros tempos. Que teimam em não retornar.

(texto, reportagem e pesquisa: Elias Aredes Junior)