Só é pontepretano quem vai ao estádio: uma regra tola e que não se sustenta em pé

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O presidente da Ponte Preta, Marco Antonio Eberlin afirma em todas as entrevistas que participa nas emissoras de rádio que, no fundo, só quem frequenta o estádio Moisés Lucarelli tem direito o direito de reclamar e chiar em relação as suas decisões. E que, mesmo essas pessoas, compreendem o momento pelo qual passa o clube. Torcedores de redes sociais e de Whatsapp não. Esses mais atrapalham do que ajudam.

O conceito ficou martelando na minha cabeça e em dado momento cheguei a conclusão esta linha de corte não se sustenta. Não precisa ser gênio para chegar a tal conclusão.

Acompanhem comigo o raciocínio: se quem frequenta o estádio pode reclamar então existirá uma exclusão automática. Vamos fazer uma conta pessimista (bem pessimista) e vamos supor que tenhamos 200 mil pontepretanos espalhados pelo Brasil. Bem o estádio Moisés Lucarelli tem capacidade para 17.728 torcedores. Se todos esses torcedores desejarem comparecer isso quer dizer que 182.272 nunca ou jamais poderão reclamar da equipe. Mesmo se quiserem ir ao estádio. Não pelo motivo de que não querem ir ao estádio e sim porque não podem. Falo por hipótese. Ou seja, ir ou não ao estádio não é parâmetro para definir o padrão de pontepretano. Meu tio Francisco gosta e ama a Ponte Preta. Acompanha todos os jogos. Todos. Então porque ele não vai ao estádio, ele não tem direito de reclamar e apontar aquilo que está ruim? Qual o nexo disso?

Mala, gente chata e arrogante existe em todo lugar. No estádio, no local de trabalho e nas redes sociais. Não é porque que existem pessoas nas redes sociais que contestam tudo que devemos desprezar as críticas construtivas feitas no mesmo espaço. Um pouco de tolerância não faz mal a ninguém.

(Elias Aredes Junior-com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)