Torcida e parte da imprensa exibem má vontade com Palmeron Mendes Filho na presidência do Guarani? Leia e tire suas conclusões!

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O requisito fundamental em política é maturidade. Falar aquilo que se pensa, expor os planos para o presente e o futuro e conversar com a opinião publica.

Em todas as entrevistas concedidas, o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho reclama das injustiças que sofre. Considera-se perseguido. Diz que uma parte da mídia e este Só Dérbi são rigorosos e não vêem os problemas administrativos e políticos sofridos na agremiação.

Diversos torcedores procuram o dirigente pelas redes sociais e ele dirige a mesma linha de raciocínio.

Vamos contextualizar os fatos. Bem ou mal, desde que o atual grupo político assumiu o poder, em 2014, o Guarani não teve mais nenhum rebaixamento. Ótimo sinal. Não há como deixar de constatar que centenas de famílias que esperavam para receber suas ações trabalhistas foram contempladas após o acordo com o empresário Roberto Graziano. Ponto para ele e seu grupo político.

Não podemos negar que Palmeron Mendes entrou para a historia do Guarani. Sob seu comando, o time foi campeão da Série A-2. Está na galeria ao lado de Ricardo Chuffi, campeão brasileiro de 1978 e Antonio Tavares Junior, vencedor da Taça de Prata em 1981. Fato.

Agora, como podemos fechar os olhos para a ausência de atualização da estrutura do clube? Alguns dos seus aliados podem alegar: Ah, mas existe a sentença judicial. Então, por isso deve-se ficar parado, paralisado? E as constantes trocas de técnico? Pior: a conjuntura da troca. Por vezes, sem o tato devido para respeitar o profissional que está do outro lado e dedicou seu conhecimento ao Guarani.

Politicamente, então, o saldo é trágico. Está rompido com o conselheiro e empresário Nenê Zini e até hoje ninguém sabe qual foi o motivo da discórdia. Promoveu, mesmo que involuntariamente, um esvaziamento do clube no número de sócios que empobreceu o debate interno. A eleição do Conselho Deliberativo, agora remarcado e sua consequente dificuldade para compor a sua chapa é uma prova de que o esvaziamento do clube ficou contra ele.

Vem a pergunta: porque temos a obrigação de reconhecer apenas os seus feitos? Porque só podemos direcionar elogios? Por que as entrevistas tem que ser obrigatoriamente adocicadas e sem a exposição do contraditório?

É incrível observar a dificuldade de Palmeron e o ex-presidente Horley Senna, quando no exercício do poder, de conviverem com as criticas. Especialmente porque foram apoiadores de Cid Ferreira na época em que ele foi vereador. E se existe um lugar para o exercício do diálogo, da discussão e da democracia é o parlamento. O ex-vereador certamente sabe disso. E os seus apoiadores deveriam saber.

Boa parte da torcida tem má vontade com Palmeron. Muitos creditam os tropeços na Série B ás suas medidas equivocadas. Tenho convicção de que boa parte dessa resistência cairia se ele entendesse que pessoas públicas são suscetíveis ao aplauso e a vaia. As criticas e ao elogio. O que não dá é tapar o olho e achar que está tudo bem ou que o Guarani vive um paraíso. Ou acostumar-se com a mediocridade. Não dá.

Enquanto o Guarani não estiver na divisão de elite do Campeonato Brasileiro, com suas dividas totalmente sanadas e com melhoria de toda sua infra-estrutura é impossível que qualquer veiculo de comunicação critico tenha a postura de fechar os olhos. Assim foi com Álvaro Negrão, Marcelo Mingone, Leonel Martins de Oliveira, Beto Zini, Lourencetti. E será com Palmeron Mendes Filho. Assim é o futebol.

(Elias Aredes Junior)

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