Um legado para ser buscado por Eduardo Baptista: trabalhar na Ponte Preta em 2017,2018, 2019 e até quando a bola permitir.

0
924 views

Eduardo Baptista preocupa-se com a sequencia do Campeonato Brasileiro e a fuga do rebaixamento. Planejamento uma forma de alcançar os 45 pontos e automaticamente deixar a Ponte Preta na divisão de elite. Seu desafio, no entanto, começará a partir de 2018, quando buscará atuar por 12 meses completos.

Não é algo desprezível. Desde 2011, a Macaca não sabe o que é ver um técnico completar um trabalho. Gilson Kleina foi o último a realizar tal feito e colheu os feitos: classificação nas quartas de final do Paulistão e acesso na Série B.

A partir daí, foi um revezamento quase infinito de ocupantes do banco de reservas: Guto Ferreira, Paulo César Carpegiani, Jorginho, Sidney, Oswaldo Alvarez, Dado Cavalcante, Guto Ferreira, Doriva, Felipe Moreira, Vinicius Eutropio, Alexandre Gallo, Eduardo Baptista, Felipe Moreira, Gilson Kleina e o retorno do filho do ex-lateral direito Nelsinho. Foram 15 profissionais contratados desde 2012 e na prática o saldo ficou aquém do esperado, com um vice-campeonato da Série B em 2014, o segundo lugar na Copa Sul-Americana de 2013 e a derrota na final do Paulistão deste ano para o Corinthians.

Enquanto isso, bem ou mal, dentro de suas limitações orçamentárias e financeiras, alguns clubes conseguiram projeção nacional após apostarem em um trabalho de médio e longo prazo. Para refletir: será que o Londrina teria a atual situação, na Série B e com a conquista da Primeira Liga sem o trabalho de Claudio Tencatti há seis temporadas? E o Brasil de Pelotas? Como dissociar sua presença na segundona nacional sem citar o técnico Rogério Zimmermann? Não há possibilidade.

Trabalhos de médio e longo prazo produzem frutos, conquistas, resultados positivos e modificam o pensamento médio do torcedor. A torcida do Botafogo certamente está mais paciente após os 14 meses de Jair Ventura no comando do Botafogo. Detalhe: sem nenhum titulo conquistado. Mas o rendimento é notório.

A partir do ano que vem, o trabalho deve ser feito com a meta de conceder respaldo para Eduardo Baptista. Não só na qualidade de jogadores, como também em blindagem para as tormentas que fatalmente acontecerão.

O trabalho de Eduardo Baptista não será exitoso apenas com a permanência na divisão de elite do Campeonato Brasileiro. Bom fruto será colhido se ele ainda percorrer os corredores do estádio Moisés Lucarelli até os dias de dezembro de 2018.

(análise feita por Elias Aredes Junior)