Uma reflexão sobre Vico e o papel da Ponte Preta no futebol brasileiro: incubadora de atletas revelados pelos gigantes

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Todos estão maravilhados com os dois gols anotados por Vico. Atuação eficiente diante do Cuiabá. Dois gols que dão esperança para uma parceria sólida com Roger na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. Gilson Kleina celebrou seu bom futebol. A diretoria idem. Como amante do bom futebol também fiquei satisfeito. Mas com uma ponta de frustração.

O futebol é feito de duas colheitas. A primeira é realizada no gramado. Jogadores são contratados para viabilizar conquistas e vitórias. Se tudo der certo, a agremiação, além da sala de troféus recheada recebe a possibilidade de angariar recursos com possível venda.

Vico trará satisfação pela metade. Pode ser um protagonista no gramado. Nos gabinetes, seu destino está atrelado ao do Grêmio, cujo os direitos econômicos estão vinculados.

Fica difícil entender porque a Ponte Preta insiste em fazer o papel de incubadora de jogadores, a de desenvolver o atleta, corrigir os seus erros e devolver ao clube de origem em condições de uso em campeonatos de excelência ou em para revenda. E sem a Macaca sem ver um tostão pela frente.

A incompreensão chega as raias da loucura ou percebermos que a Macaca já sentiu os dividendos positivos. Ou existiria tranquilidade financeira sem a venda do lateral-esquerdo Abner? A resposta é não.

Se pensarmos em médio e longo, a maior pressão dentro da Ponte Preta deveria recair sobre os responsáveis pelas categorias de base. A cada ano, de quatro a cinco jogadores de ponta deveriam ser fornecidos pelo Sub-20. Qualidade apurada. Agora, para isso acontecer é preciso garimpagem e pessoas de extrema qualidade.

No inicio do ano que vem, esperamos que novos Vico´s saiam das fileiras do Majestoso e que a Macaca encerre sua sina de incubadora.

(Elias Aredes Junior)