O Guarani viajou para Belém. Vai encarar o Paysandu no estádio da Curuzu lotado. Precisa somar pontos para desempacar dos 33 pontos. O foco é impedir a chegada do fantasma do rebaixamento. Outro oponente precisa ser suplantado. Maior do que o Papão. Atende pelo nome de comodismo.
Explico: como são necessários de 12 a 13 pontos para serem acumulados em 13 partidas restantes, impossível negar que a missão não é difícil. O Guarani tem partidas para serem disputadas no Brinco de Ouro e os jogadores que Marcelo Cabo têm em mãos são suficientes.
Ou alguém pode imaginar o Alviverde cair de ponta a cabeça com jogadores da estirpe de Bruno Nazário, Bruno Mendes, Paulinho, Rafael Silva ou até os zagueiros William Rocha e Ewerthon Páscoa? Difícil.
Só que nem tudo que reluz é ouro. O próprio Guarani bota fermento no pão bolorento da terceirona. Segundo dados do site Infobola, do matemático Tristão Garcia, o risco de rebaixamento que há duas semanas era de 5% agora está em 9%. Derrotas para Paysandu e Criciúma farão o bolo aumentar.
Não adianta o presidente Palmeron Mendes Filho gritar aos quatro ventos que o Alviverde vai conquistar 50 pontos. Pouco resolve o próprio técnico Marcelo Cabo imaginar que tudo vai se resolver em um passe de mágica com uma jogada mirabolante ou um gol de placa. Não vai.
Treino, trabalho, posicionamento, talento, disciplina e busca do bem comum no vestiário. Sem tais predicados dificilmente o Guarani somará o percentual que completará o “download” da permanência. A tendência será a de ver um filme que não queria rever. E cuja comodidade poderá volta em cartaz. Em hora imprópria.
(análise feita por Elias Aredes Junior)