A segunda-feira (25) será marcada pela reunião do Conselho Deliberativo da Ponte Preta. Algo será diferente. Muito diferente. Será o primeiro evento oficial do clube com a participação de Conselheiros integrantes do grupo “Tudo pela Ponte, Nada da Ponte”, cujo lançamento oficial ocorreu no sábado á tarde na Unidade localizada no Jardim das Paineiras. Vice presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos compareceu ao evento. O grupo encaminhou convite aos integrantes da diretoria executiva, mas ninguém compareceu.
O Só Dérbi conversou com integrantes do grupo nos últimos dias e que fizeram questão de esclarecer suas premissas. O principal é que não se trata de um grupo oposicionista e sim de pontepretanos com desejo acompanhar de maneira próxima os atos da diretoria executiva e que pretendem elogiar aquilo que for bem feito e cobrar explicações.
O sentimento de criação do grupo político surgiu após dois amigos e conselheiros comparecerem em uma reunião do Conselho deliberativo. Na ocasião, a dupla percebeu que muitos não se identificavam como autênticos pontepretanos e sim como um “fã clube da situação”, detentora do poder há 20 anos na diretoria executiva.
Na visão destes conselheiros, tal sentimento afetou o andamento até do Conselho Deliberativo. Na visão destas pessoas, os temas não são debatidos e são votados e aprovados. Outra faceta deste fenômeno de acordo com eles é que Pontepretanos tradicionais e Conselheiros Natos se retiraram do cotidiano político da agremiação.
A conjuntura viabilizou o surgimento do grupo, que de dois conselheiros agora conta com 100 conselheiros engajados. Todos os pontepretanos e integrantes do grupo entrevistados pela reportagem do Só Dérbi fazem questão de frisar que agora não é o momento de firmar um grupo oposicionista e sim resgastar as características que fizeram a marca da Ponte Preta. Ou seja, atitudes pautadas pela transparência e a abertura de caminho para diretores que tenham vocação e vontade de viabilizar o avanço da Macaca.
Esta linha do tempo reconstruída demonstra que uma nova linha de pensamento é formada na Ponte Preta. Novas ideias e projetos devem ser formuladas. Uma maneira de oxigenar um clube consumido nos últimos anos por vaidades, disputas estéreis e ideias batidas.
A atual diretoria tem duas alternativas. Ou abre canais de diálogo, absorve as críticas e busca reciclagem ou continua no atual caminho: distante, sem diálogo com as alas políticas do clube, divorciada de parte relevante da torcida e prisioneira da arrogância. Se o objetivo for trabalhar pelo bem da Ponte Preta nem precisamos dizer qual a alternativa adequada. Que realmente tudo seja feito em prol da Ponte Preta sem querer nada em troca.
(análise feita por Elias Aredes Junior)