A crise parece não ter fim no Guarani. Após uma semana de resultado ruim, pressão e protestos, o time alviverde viu o cenário de caos aumentar neste final de semana. A equipe do Brinco de Ouro empatou por 0 a 0 contra o Criciúma, em Campinas, pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Com apenas um triunfo nos últimos 14 jogos, o clima no Guarani ficou insustentável para o técnico Marcelo Cabo, que corre um risco cada vez maior de missão. Ainda durante o jogo, a torcida pedia a saída do treinador – o que já é um desejo de boa parte da diretoria já algumas semanas.
Torcedores organizados, inclusive, protestaram no queijo após o jogo aos gritos de “time sem vergonha” e “acabou a paz”. A expectativa era pelo anúncio da demissão de Cabo – o que havia sido premeditado pelo presidente Palmeron no meio de semana em caso de derrota ou empate. Mas após uma reunião que durou cerca de 20 minutos, Cabo foi mantido (inicialmente) até o próximo dia 7 para o duelo contra o Oeste, em Barueri.
Contratado por ser o atual campeão da Série B com o Atlético-GO no ano passado, Marcelo Cabo vive um 2017 muito diferente. Entre Figueirense e Guarani disputou 15 jogos na competição em que é considerado especialista, mas venceu apenas dois confrontos (comandando o Figueirense). Foram 2 vitórias, 5 empates e 8 derrotas. Aproveitamento de 24% dos pontos disputados.
Outro problema que preocupa os bugrinos é a falta de poder ofensivo. Em cinco jogos foram apenas três gols marcados – todos fora de casa. Cabo ainda não sabe o que é ver o time balançar as redes dentro dos próprios domínios. Empatou sem gols contra Vila Nova e Criciúma, além de ter sido goleado contra o Paraná por 4 a 0.
Se sobreviver a mais uma semana de pressão, Cabo terá uma nova oportunidade de mostrar serviço diante do Oeste, em Barueri, no próximo sábado. O Bugre é o 12ª colocado com 34 pontos – a diferença para a zona de rebaixamento caiu para três pontos.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento/foto: Gabriel Ferrari-GuaraniPress)