Como a declaração de Jussani escancara falta de sinergia entre elenco e comissão técnica?

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O Guarani mais uma vez tropeçou diante do Criciúma. Com Marcelo Cabo são cinco jogos e nenhuma vitória – três empates e duas derrotas. Apesar da cobrança pública ao trabalho da comissão técnica, o presidente Palmeron optou por uma nova chance ao técnico Marcelo Cabo após uma reunião de 20 minutos nos vestiários.

Mas será que comissão técnica e elenco estão em sinergia para que o trabalho tenha continuidade?

Logo após a derrota para o Paraná por 4 a 0, no Brinco de Ouro, na semana retrasada, o capitão Fumagalli reuniu o grupo às pressas para uma reunião sem a presença da comissão técnica. O meia admitiu que o teor da conversa era sobre uma maior união do grupo para livrar o Guarani de qualquer situação de rebaixamento independente da comissão técnica.

O grupo assimilou relativa melhora contra o Paysandu, mas foi derrotado de virada e na última quinta-feira nova reunião blindada entre os jogadores antes do confronto contra o Criciúma. Vagner foi a imprensa e chamou para o grupo a responsabilidade. “Antes era o Vadão, agora o Cabo, mas os jogadores precisam de cobrar”, disse.

Diante dos catarinenses, o time criou grandes oportunidades – Eliandro teve a chance de marcar duas vezes, mas optou por não finalizar. Novo empate sem gols.

Na saída para o vestiário, Diego Jussani optou por não comentar se o grupo estava fechado com Cabo. “Eu não posso comentar isso e deixo a situação para a diretoria. Eles têm consciência do trabalho e sabem o que estamos fazendo aqui no dia a dia”, declarou o zagueiro.

Jussani reiterou que entende a pressão por resultados que a comissão técnica sofre por não ter vencido nenhum jogo em mais de um mês de trabalho. “Os resultados não estão acontecendo e as coisas não estão fluindo. Precisamos pontuar três pontos e não adianta somar um ponto”, enfatizou.

Por fim, Jussani reforçou o discurso de Fumagalli e Vagner sobre o elenco reagir por si. “Não adianta apontar o dedo para ninguém. A gente sabe que tem que trabalhar e focar mais. Precisamos deixar as coisas de foram acontecerem e focar só aqui dentro. O grupo está unido e a gente deixa tudo na mão do presidente. Nosso dever é o trabalho”, finalizou.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)