A torcida compareceu, mas o futebol não. A Ponte Preta jogou apenas o suficiente diante do Flamengo para superar a equipe carioca por 1 a 0, no Majestoso, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com gol de Jean Patrick, a equipe chegou aos 31 pontos e deixou a zona de rebaixamento. Agora, o time de Eduardo Baptista está na 15ª colocação.
O próximo compromisso da Ponte Preta será no sábado, em Belo Horizonte, diante do Cruzeiro.
PRIMEIRO TEMPO
A chuva deu uma trégua para o gramado no Majestoso na hora do jogo, mas a bola rolou com dificuldade. E não só por culpa da água. Foram muitos erros de passe e demasiadas faltas. E pasmem: nenhuma finalização em direção ao gol na primeira etapa. A Ponte apostou em um novo esquema com Eduardo Baptista. O 4-1-4-1 deixou Lucca, atacante de 1m79cm, sozinho diante de Réver, 1m92cm, e Rhodolfo, que tem 1m93cm. Com cruzamentos excessivos de Emerson Sheik, o camisa 9 não conseguiu jogar e a Macaca não ofereceu perigo.
Lucca até conseguiu levar perigo no início da partida com um cabeceio na grande área aos 9 minutos da primeira etapa, mas foi só. Depois Diego Alves só voltou a trabalhar para cobrar um tiro de meta após finalização que passou longe de Wendel aos 30 minutos do primeiro tempo. A dinâmica do meio-campo não funcionava. Elton era quem mais errava passes. Mendoza foi viril na marcação, mas a falta de ritmo atrapalhou e o volante passou a cometer muitas faltas – até tomar o cartão amarelo.
O Flamengo atuou na primeira etapa com tranquilidade e sem pressa. Com conforto, os volantes Willian Arão e Márcio Araujo começaram a atuar mais a frente e incomodaram no ataque. Arão recebeu lançamento de Renê e se antecipou ao goleiro Aranha, mas a bola passou rente a trave. Depois foi a vez de Márcio Araujo arriscar de longe, mas a exemplo de Wendel, a finalização passou muito longe.
Quando o árbitro Igor Benevenuto apitou as estatísticas chamaram atenção: Flamengo com 70% de posse de bola, 21 faltas e nenhuma finalização em direção ao gol. Futebol pobre que arrancou tímidas vaias dos torcedores presentes no Majestoso.
SEGUNDO TEMPO
Eduardo Baptista resolveu mexer no vestiário. Preocupado com a quantidade de faltas do estreante Mendoza, deixou o volante no banco e apostou na entrada de Jean Patrick. A ordem era abafar a saída do Flamengo no começo da etapa final para deixar os visitantes com menos controle do jogo.
E a Macaca quase surpreendeu no primeiro minuto do segundo tempo. Lucca cobrou falta com efeito e exigiu grande defesa de Diego Alves. A resposta foi imediata. Geuvânio puxou contra-ataque e serviu Lucas Paquetá. O atacante do Fla invadiu a área sem marcação, buscou o ângulo de Aranha e a bola passou com perigo sobre a meta pontepretana. Em três minutos de bola rolando, a etapa final já se apresentava com superioridade ao que foi o primeiro tempo.
O momento parecia ser da Ponte. A Macaca partiu para o ataque. Em bola invertida por Emerson Sheik, Wendel ajeitou e Jean Patrick pegou com muita categoria para vencer Diego Alves de fora da área: 1 a 0. O gol pontepretano obrigou Reinaldo Rueda a deixar o time mais exposto. O técnico do Flamengo tirou o volante Márcio Araujo e a Ponte optou por continuar no ataque. Após recuo de Arão, Lucca venceu Réver na corrida e sofreu pênalti polêmico. A pedido da torcida, o próprio atacante bateu na tentativa de quebrar o jejum de dois meses, mas parou no adiantado goleiro Diego Alves.
A partida ainda continuava com muitas faltas. A Ponte recuou com a entrada de Naldo e o Flamengo apostava nos escanteios para tentar chegar ao gol de empate. A partida parecia controlada quando Naldo chegou com força na canela de Vinicius Junior e foi expulso pelo árbitro mineiro Igor Benevenuto. Com um a menos faltando dez minutos para o apito final, a Macaca chamou o time carioca para o ataque e precisou resistir as investidas do time de Rueda. A equipe ainda contou com a pouca inspiração do Fla para segurar até o apito final o resultado e conquistar importantes três pontos.
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA – Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Luan Peres e Jeferson; Elton (Yago), Mendoza (Jean Patrick), Wendel (Naldo), Danilo Barcelos e Emerson Sheik; Lucca. Técnico: Eduardo Baptista
FLAMENGO – Diego Alves; Pará, Réver, Rhodolfo e Renê; Willian Arão e Márcio Araujo (Vinicius Junior); Everton Ribeiro, Diego Ribas e Geuvânio (Gabriel); Lucas Paquetá. Técnico: Reinaldo Rueda
Gol: Jean Patrick aos 7 minutos do segundo tempo;
Árbitro: Igor Benevenuto (MG)
Cartões amarelos: Mendoza, Wendel, Jeferson, Danilo Barcelos e Luan Peres (Ponte); Pará, Márcio Araujo e Renê (Flamengo)
Cartão vermelho: Naldo
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas
Público: 11.133
Renda: R$ 100.655,00