Cinco desafios de Lisca para evitar um novo rebaixamento no Guarani

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Quando assumir em definitivo o cargo de técnico do Guarani no próximo sábado, diante do Náutico, fora de casa, Lisca terá diante de si cinco desafios a vencer. O maior deles é fazer o time reagir no Campeonato Brasileiro, do qual no momento é o 15º colocado, próximo da zona de rebaixamento, com 34 pontos conquistados em 28 rodadas.

ACABAR COM A FALTA DE COMPROMETIMENTO
A diretoria bugrina não cita nomes, mas acredita que existem jogadores descompromissados com o clube e que estão prejudicando o time. Os cartolas preferem citar os que são exemplos de comprometimento: Fumagalli, Vagner e Baraka. Ainda se espera muito dentro de campo de alguns jogadores que foram contratados com status de protagonismo, como Paulinho, Rafael Silva e Richarlyson.

DESORGANIZAÇÃO TÁTICA
O Guarani sofreu onze gols nos últimos cinco jogos e o ataque também não tem funcionado. Em seis jogos com Marcelo Cabo o ataque marcou apenas três gols. Diante do Oeste, no revés por 3 a 0, jogadores deixaram o gramado se queixando de organização. Cabo não encontrou o sistema na equipe. Revezou entre 4-2-3-1, 4-1-4-1 e 4-3-2-1.

ACABAR COM FALHAS INFANTIS NA DEFESA
Desde o início da temporada, Nei da Matta, Barbieri e Vadão tentaram sem sucesso acabar com bobas falhas individuais no sistema defensivo bugrino que prejudicaram o time em diversas partidas. Não conseguiram. A bomba agora está no colo de Lisca.

RECUPERAR A CONFIANÇA NO VESTIÁRIO
Lisca encontrará alguns jogadores abalados pelo momento. Léo Rigo foi titular em dois jogos e após a goleada sofrida por 4 a 0 para o Paraná ficou abatido. Richarlyson e Betinho passaram da condição de titular para o banco de reservas após declínio técnico. Luiz Fernando e Salomão foram encostados pela última comissão técnica. Mas o principal caso está no ataque: Eliandro. Ainda artilheiro da equipe com 9 gols na temporada, ele pode completar no próximo dia 20 a marca de cinco meses sem balançar as redes. Teve duas chances incríveis diante do Criciúma e uma contra o Oeste, mas não fez as escolhas corretas – na opinião do antigo técnico por culpa da falta de confiança. Mais uma tarefa para Lisca.

REAPROXIMAR O TORCEDOR
Marcelo Cabo chegou em situação inusitada no Guarani. Desde o primeiro jogo contou com uma pressão das arquibancadas principalmente pela forma de demissão do ex-comandante Vadão, um dos principais ídolos do Bugre. Sob desconfiança pelos trabalhos em 2017, o técnico não encontrou um clima favorável para trabalhar. Lisca é conhecido também pela sua irreverência com torcedores. Foi assim no Ceará e Náutico, onde ganhou cântico das arquibancadas. O Conselho de Administração conta com isso para reaproximar o torcedor que está decepcionado com a campanha do time.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)