Contratado para estabilizar emocional do elenco, Lulinha Tavares não gosta do rótulo de psicólogo

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José Luiz Tavares, de 46 anos, é o mais novo funcionário do Guarani. O profissional, mais conhecido como Lulinha, vai desempenhar uma função antes nunca feita no Brinco de Ouro. O profissional, formado em educação física e especialista em psicologia do esporte, vai ser o coach esportivo do Bugre nos próximos jogos da Série B.

No clube, Lulinha Tavares tem a missão de participar diretamente da estabilidade emocional do elenco, além de auxiliar atletas individualmente e colaborar para que o time possa cumprir a meta de deixar a proximidade com a zona de rebaixamento. Antes do Guarani, o profissional trabalhou em clubes como Figueirense, Palmeiras, Fluminense, Flamengo, Náutico e Bahia. Nos dois primeiros clubes, por exemplo, Lulinha foi chamado para acompanhar o grupo na briga contra o rebaixamento, principalmente no quesito motivacional e extracampo.

Lulinha ficou conhecido quando foi chamado pelo ex-presidente do Palmeiras após a derrota da equipe para o Mirassol por 6 a 2 em 2013, mas antes trabalhou com Cuca no “time de guerreiros” do Fluminense que escapou do rebaixamento do Brasileirão na última rodada em 2009. Em entrevista ao jornalista PVC recentemente, Lulinha explicou porque não gosta de ser chamado de psicólogo. “Coaching é o meio, não o fim. O coachint precisa preparar os atletas, mas são eles, são as pessoas que vão alcançar os resultados. Quando cheguei ao Fluminense, diziam que os jogadores eram ruins, havia 98% de chance de cair. Eles conseguiram, porque acreditavam que poderiam”, explicou.

Lulinha Tavares chegará em uma situação que não apenas os jogadores estão sendo criticados, mas o presidente Palmeron Mendes Filho e o Conselho de Administração também são alvos dos torcedores. E os dirigentes optaram por concentrar com o restante do elenco, além da presença do profissional motivador. “Não cabe ao coaching julgar. Cabe fazer o trabalho e fazer os jogadores perceberem que eles podem ter altos e baixo, mas sabem fazer o trabalho. Eu fui atleta e sei que para conseguir ser profissional é preciso deixar muita gente para trás. Depois, para jogar numa equipe em alto nível, de novo tem de deixar muita gente pelo caminho. Então, dizer que o jogador não sabe fazer o seu trabalho não é o caso. Eles sabem fazer”, enfatizou Lulinha.

LUlinha Tavares já está com o grupo e logo no primeiro dia de trabalho realizou uma palestra para todos os jogadores. A diretoria espera a presença do palestrante Lars Grael na próxima semana para conversar com o elenco.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)