Um aviso aos jogadores pontepretanos: o que a torcida deseja do gramado é coragem

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O jogador Mayke, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Danilo, da AA Ponte Preta, durante partida válida pela vigésima nona rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, no Estádio do Pacaembu.

Não há tempo para respirar. Nem de pedir arrego. Perder do Palmeiras e demonstrar uma série de falhas não concede álibi para vacilos. A Ponte Preta terá que encontrar forças excedentes para superar o Avaí, domingo, ás 19h, no estádio Moisés Lucarelli e sustentar as esperanças de sair da zona do rebaixamento.

O torcedor pontepretano já deve ter discutido e ouvido diversas teorias sobre aquilo que poderá acontecer. Que Emerson Sheik é um atleta com poder de decisão e sem o goleiro Aranha não dá para confiar em dias melhores, especialmente pela instabilidade de João Carlos.

A recuperação não passa somente por esses quesitos. São importantes, mas não decisivos. O foco deve ser centrado em uma palavra que parece fora de uso e está integrado na história da Macaca: superação. Ou seja, engajar-se no projeto, entregar-se de corpo e alma na obtenção do resultado desejado.

Vamos pegar dois exemplos: Lucca e Fernando Bob. Cada um em sua posição, já desempenharam um papel relevante para a camisa pontepretana. Não esqueça que o atacante tem 20 gols na temporada e de participação eficiente no Paulistão. Ou seja, ali existe qualidade. Assim como no volante pontepretano. Quando foi recontratado neste ano, a torcida celebrou. Porque recordou o futebol apresentado de 2013 a 2015 e a saída digna e honrosa do atleta para o Internacional.

O que aconteceu para esses dois atletas caírem em desgraça na arquibancada? Simples: eles “esqueceram” que jogam na Ponte Preta. Entram para cumprir tabela. Ou jogam apenas o necessário. Não registra o “algo a mais” tão necessário no futebol atual. Convenhamos: o processo não é recente e se tais jogadores estivessem com sangue nos olhos e com a faca nos dentes, mesmo com os erros da comissão técnica comandada por Gilson Kleina, dificilmente os resultados seriam tão pífios.

Existe uma característica comum nas duas derrotas para o Atlético-GO, a goleada sofrida diante do Bahia e o empate no turno inicial para o Avaí: a Ponte Preta sempre atuou com 100% de dedicação, quando qualquer um sabe que uma equipe com as limitações técnicas e financeiras da Macaca precisa jogar com 120%, 130% de sua capacidade física e técnica. Nos tropeços, além de desempenho ruim, a Macaca nunca entregou-se no gramado ao ponto de exibir uma dedicação capaz de produz resultados.

Em Campinas, a Macaca tem os confrontos com Avaí, Vitória, Atlético-PR, Corinthians e Grêmio. Vai atuar como visitante contra Bahia, Coritiba, Fluminense e Vasco da Gama. Se Lucca e Fernando Bob e seus companheiros exibirem nestes confrontos a superação exigida pelas arquibancadas, nem as limitações técnicas serão empecilhos para assegurar a permanência na divisão de elite. Agora, seria de bom tom estes personagens acordarem e aplicarem um conceito tão óbvio.

(análise feita por Elias Aredes Junior)