Aos 40 anos, Fumagalli pode bater no peito e celebrar sua importância para o Guarani. Foi protagonista e produziu bons momentos. Tudo conduzia para a sua aposentadoria. Após o empate sem gols com o Luverdense e a permanência na Série B, o camisa 10 não fechou a porta para a continuidade. Informações descrevem Luciano Dias, o homem forte do futebol, como o condutor do processo de convencimento. Disputar apenas os jogos no Brinco de Ouro na Série A-2 do Paulistão e posteriormente preparar para pendurar as chuteiras. Plano sedutor.
Caso Luciano Dias tenha êxito, a polêmica vai continuar. Enquanto parte relevante da torcida bugrina confia no futebol e no aproveitamento da bola parada do atleta, muitos críticos de imprensa apontam a dificuldade para o atleta atuar em bom nível em um esporte de alto rendimento. Pode mais atrapalhar do que ajudar. Os números, entretanto se constituem em aliado poderoso. Fumagalli tem 296 jogos disputados com a camisa do Guarani e balançou as redes por 89 gols. É ídolo e entrou para a história. Fato.
O que pouca gente aborda é a utilidade da sequência de Fumagalli para os atuais detentores do poder no alviverde campineiro. Existe a garantia de um para-raio de prontidão, pronto para ser acionado nos instantes de crise e que poderá servir de colchão entre uma diretoria carente de credibilidade e uma torcida que cobra resultados e conquistas.
Perceba: em qualquer oscilação bugrina nos últimos anos, não é o presidente do clube ou o diretor de futebol que surgiam para darem explicações e sim o atleta que corre, honra a camisa e tem liderança incontestável no vestiário. Um cenário percebido pelo técnico Lisca. Tanto que estabeleceu uma relação harmoniosa com Fumagalli e outros veteranos do elenco para buscar a recuperação na segundona nacional. Deu certo.
Que fique claro. A renovação de Fumagalli não será apenas para contar com um jogador com poder de decisão e capaz de balançar as redes a. Sua continuidade servirá mesmo que indiretamente esconder os equívocos e falhas que apareçam dos gabinetes.
(análise feita por Elias Aredes Junior)