A cabeça de Eduardo Baptista está movimentada. O treinador se esforça para desenhar o ataque da Ponte Preta, sem Emerson Sheik, que segue afastado, e sem Luis Alí e John Kléber, que estão no departamento médico do clube. Em boa parte da competição, com Lucca centralizado, a Macaca jogou com Sheik pela direita e Danilo Barcelos no outro lado. No entanto, as ausências fizeram por necessidade “novas velhas” opções, que, em outros momentos, Baptista e Gilson Kleina descartaram.
Na decisão deste domingo, diante do Vitória, no Majestoso, o ataque será formado por Lucca e Léo Gamalho. Mas o que isso pode significar? Quando chegou, Léo Gamalho não dividiu o ataque porque ficava no banco de reservas. O ex-centroavante do Goiás – que foi um pedido de Kleina -, costumava substituir Lucca nas partidas ou entrar em um momento de pressão. Foi assim contra Botafogo, São Paulo, Santos, Avaí e Grêmio.
Em 36 jogos (cerca de 3.240 minutos), realizados pela Ponte Preta neste Campeonato Brasileiro, os dois atuaram juntos em 596 minutos (além da partida contra o Sport na Sul-Americana), o que é um pouco mais que seis partidas completas. Ou seja a dupla jogou junta apenas 18% da campanha da Macaca, mas os números também não ajudam.
Juntos, Léo Gamalho e Lucca marcaram um gol cada – sendo que o de Lucca foi na partida contra o Sport na eliminação da Sul-Americana -, o que significa 2% dos 34 gols marcados no Brasileirão. Contando apenas a competição nacional foram duas vitórias, dois empates e seis derrotas (26% de aproveitamento).
Separados, Lucca marcou 10 gols enquanto Léo Gamalho marcou dois gols. As duas marcas somadas representam 35% dos gols da equipe na elite do futebol nacional. Neste período foram oito vitórias, sete empates e onze derrotas (39% de aproveitamento).
Por tudo que já fizeram e pela expectativa criada em torno dos homens de referência da Macaca, muito se esperava da dupla Lucca e Gamalho. O começo de ano, especialmente de Lucca, foi ótimo. Durante o Paulistão e o primeiro turno do Brasileiro, o camisa 9 tinha média superior a um gol por jogo. No Goiás, Léo marcou 13 gols só neste ano.
Apesar dos números, os dois jogadores são presenças confirmadas para o final de semana. Eduardo Baptista realizou treinos fechados, mas indicou o time que deve começar a partida contra o Vitória. Aranha, Nino Paraíba, Rodrigo, Luan Peres e Jeferson; Elton, Wendel (Fernando Bob), Danilo e Léo Artur; Lucca e Léo Gamalho.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)