Invasão adicionada com conflitos e feridos: confusão no Majestoso poderá render dor de cabeça para a Ponte Preta na Série B-2018

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Até os 16 minutos do primeiro tempo, a relação entre torcedor-time era maravilhosa. Vitória parcial de 2 a 0, com desempenho excelente e sem sustos defensivos. Aos 19, porém, o panorama começou a mudar, quando o zagueiro Rodrigo foi expulso ao dar uma dedada em Santiago Tréllez, em lance sem bola.

O revés por 3 a 2 para o Vitória, no Moisés Lucarelli, não ficará só marcado pela queda. O sentimento vai além: “torcedores” da Macaca, após o terceiro gol do Leão, quebraram as grades e invadiram o campo com pedras em mãos, interrompendo o confronto aos 38 minutos. A confusão poderá gerar punição à Ponte Preta. Existe precedentes. Na rodada derradeira do Brasileirão de 2009, o Coritiba perdeu do Fluminense e foi rebaixado. A torcida invadiu o gramado do estádio Couto Pereira e, depois, o STJD puniu o Coxa com dez jogos na Série B na cidade de Joinville. A expectativa, agora, é pelo relatório do árbitro Ricardo Marques Ribeiro.

Dessa vez, no Majestoso, quatro pessoas foram detidas ainda em campo e, pelo menos, três policiais ficaram feridos. Na ânsia de sair da confusão, o meia Yago e o atacante André Lima caíram na entrada do vestiário e machucaram o joelho, conforme informou o treinador do Vitória, Vágner Mancini, em entrevista enquanto a partida estava paralisada. No lado alvinegro, os jogadores também tiveram problemas. De acordo com o comandante baiano, Jefferson e Luan Peres se protegeram dentro do vestiário adversário, assim como alguns membros de imprensa.

A Polícia Militar entrou em ação para tentar controlar os ânimos. A confusão demorou para ser normalizada. Fora do Majestoso, a PM entrou em confronto com vândalos. Bombas de efeito moral e gás de pimenta tomaram conta do ambiente. Quando os ânimos estavam visivelmente controlados, o jogo foi encerrado pelas autoridades depois de 50 minutos.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/Foto: divulgação)