Com a derrota da Ponte Preta, que sacramentou o rebaixamento ao Campeonato Brasileiro Série B, a cidade de Campinas voltará a ter o clássico local na próxima temporada – o último duelo aconteceu em 2013, quando a Macaca venceu por 3 a 1.
Assim como nos confrontos que envolvem as quatro maiores forças paulistas, o dérbi campineiro deve ter torcida única a partir do ano que vem. De acordo com o Blog do Ohata, do UOL Esportes, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai pedir junto à CBF, à Federação Paulista de Futebol e ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva para que apenas o mandante receba seus torcedores. A decisão pode ser anunciada ainda neste ano.
Fontes internas do próprio Guarani também já confirmam a ciência do assunto. O capitão Salaro, da Polícia Militar, antecipou à imprensa, durante os conflitos no Moisés Lucarelli, que a medida seria adotada. Além do episódio de violência protagonizado diante do Vitória, parte da organizada já havia invadido o Aeroporto de Viracopos, em 25 de setembro, após derrota para a Chapecoense, para cobrar e agredir alguns jogadores publicamente.
A atitude tomada pelo MP dá-se pela falta de educação de alguns irresponsáveis dentro das praças esportivas. A justificativa, que tenta evitar o pior, controlando as regiões adjacentes dos estádios, comprova a falta de competência do setor público neste segmento. Além disso, as brigas externas precisam ser monitoradas com muito rigor, principal desafio dos militares no dia.
Por outro lado, é preciso deixar claro que dérbi com público único é prejudicial ao verdadeiro torcedor. A medida preventiva vai penalizar alviverdes e alvinegros do bem, aqueles que apreciam um clássico local bem jogado. Nesta perspectiva, uma grande pena! Quem paga pelos vândalos infiltrados são justamente as famílias e as crianças. Sai ano e entra ano, mas nada muda quando este é o assunto.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa)