Rodrigo foi contratado pela Ponte Preta em meados da temporada não só para reforçar o time dentro de campo, mas para quitar uma dívida trabalhista com a Macaca, criada em 2004. As pendências, que envolvem salários, premiações e outros, ainda não foram totalmente quitadas e o zagueiro não abre mão de recebê-las. O problema é que a diretoria tenta a rescisão amigável com o atleta, mas Rodrigo quer ser compensado financeiramente antes de ser dispensado.
Com o caixa reduzido para 2018, a Ponte Preta mantém dificuldades de pagar a rescisão contratual de outros atletas que foram dispensados após o término do Brasileirão. O quadro do defensor é o mesmo. Com contrato até dezembro do ano que vem, além do dinheiro da rescisão, a Macaca deve 13 parcelas do acordo trabalhista com o jogador de 37 anos.
O novo diretor de futebol, Ronaldão, tenta usar o poder de persuasão e amizade com Rodrigo para convencê-lo a fazer um acordo mais barato, mas a chateação com o tratamento adotado com o atleta desde então atrapalha. A reportagem do Só Dérbi tentou entrar em contato com Rodrigo, mas ainda não obteve resposta do jogador.
Rodrigo foi revelado na base da Ponte Preta no início dos anos 2000 e vendido ao São Paulo em 2004 depois de um período sem receber salários na Macaca. Foram três anos de Morumbi antes de ser vendido para o Dínamo Kiev, da Ucrânia. Ainda passou por Grêmio, Internacional, Vitória, Goiás, Flamengo e Vasco da Gama. Ficou sem clima na Ponte Preta após ter sido expulso na partida contra o Vitória por dar uma ‘dedada’ no atacante Tréllez ainda no primeiro tempo.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)