A política do Guarani com treinadores em 2017 foi um desastre. Total e absoluto. Ney da Matta, Mauricio Barbieri, Oswaldo Alvarez, Marcelo Cabo e Lisca são peças de um quebra cabeça marcado pela falta de convicção em relação ao futebol.
Uma hora querem o time na frente; em outras, a retranca vira tábua de salvação. Resumo: o Alviverde fica sem política e metodologia de jogo. Pior: querem virar a bazuca para Umberto Louzer, recém empossado.
Adepto da modernidade, mas com trânsito entre os jogadores, o técnico já está pressionado diante do prazo de validade estipulado pelo presidente Palmeron Mendes Filho. Se for bem na largada Série A-2, fica. Se algo ocorrer fora do roteiro, pode voltar a ser auxiliar técnico. Convenhamos: é como colocar um elefante em uma loja de cristais.
Para piorar o quadro, críticas aparecem aqui e ali sejam na imprensa ou nas redes sociais por causa da derrota para o Bragantino no jogo treino.
Não seria o caso de dar uma trégua para Umberto Louzer, independente daquilo que for apurado no próximo jogo contra o São Caetano? Será que a ânsia e a sede da diretoria e dos torcedores de viver um eterno conto de fadas não prejudica na construção de um trabalho profissional e sedimentado?
Esta impaciência e ânsia de esperar por um Messias paga seu preço: o último treinador que permaneceu por um ano no Guarani foi Oswaldo Alvarez que assumiu o clube no dia 06 de abril de 2009 e saiu no dia 10 de abril de 2010, após conseguir a manutenção na Série A-2 do Paulistão. Desde então, o Guarani teve 23 treinadores em sete anos. É normal? Não, não é.
Que Luciano Dias apareça e consiga transmitir o óbvio tanto para os dirigentes estatutários como para a torcida: sem compreensão, paciência e busca de entendimento sobre o trabalho do técnico não há sucesso no horizonte.
(análise de Elias Aredes Junior)