O presidente da Ponte Preta, José Abdalla Júnior, terá mais uma semana para resolver os problemas de bastidores da Ponte Preta. Organizar a tumultuada vida financeira do clube é o principal objetivo nos próximos dias. Atletas da temporada passada sofreram com remunerações – salários e direitos de imagem – atrasadas e isso ainda reflete negativamente no Majestoso.
O primeiro exemplo é público. Três jogadores já acionaram o clube na Justiça. O zagueiro Fábio Ferreira e os laterais Fernandinho e João Lucas. O valor cobrado pode chegar a R$ 3 milhões. E a lista pode aumentar com outros jogadores estudando o mesmo caminho. O clube estaria, inclusive, preocupado com o rumo das negociações para rescindir os contratos de Rodrigo e Aranha. Os dois atletas foram informados que não se encaixam na realidade financeira do clube.
O gerente de futebol Gustavo Bueno é alvo do Corinthians. O principal candidato ao pleito corintiano, Andres Sanchez, admitiu publicamente, em entrevista ao Uol, que o nome do dirigente alvinegro é o favorito para substituir Flávio Adauto na equipe da capital.
A situação pela qual a Ponte Preta passa hoje era previsível há cerca de três meses. Este mesmo portal preveniu o que poderia acontecer com as finanças do clube em 9 de novembro. Naquele dia, o repórter Elias Aredes alertava para o caixa do clube em um futuro próximo, principalmente com a possível queda para a Série B, que se concretizou três semanas depois.
No dia 19 de novembro, antes da partida contra o Fluminense, o Só Dérbi informava que o elenco pontepretano estava há alguns meses sem receber em dia, mas a diretoria havia prometido quitar as dívidas antes dos jogos decisivos do Brasileirão. Os atrasos foram confirmados pelo clube um mês depois.
Para evitar novas dívidas, a diretoria da Ponte Preta estuda uma redução na folha dos funcionários do futebol e administrativo. As contratações para o Campeonato Paulista foram minuciosamente avaliadas pelo aspecto financeiro, além do ponto de vista técnico.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)