A atitude pedida à diretoria no Arquibancada do Só Derbi de ontem foi o que faltou em campo dos jogadores na tarde de hoje. Um time morno e com graves erros do sistema mais sólido do time até aqui, a defesa.
O presidente José Armando Abdalla Júnior prometeu três reforços de peso para essa semana que se encerra e não anunciou um sequer. A necessidade do time é óbvia e urgente.
A equipe é cega a partir do meio para frente e quando falha defensivamente como hoje a derrota é inevitável. Passou o meio do campo, o time não sabe o que fazer com a bola dominada. O adversário fecha os espaços e nossos jogadores ficam imóveis sem dar opções. Não se vê passagens constantes dos laterais, facão dos atacantes. Nossos dois volantes mais marcadores tiveram uma boa primeira etapa, mas foram engolidos pelo meio campo do Atlético-GO na segunda.
O adversário aproveitou que os dois principais marcadores estavam visivelmente cansados, vieram pra cima depois do intervalo e conseguiu a virada sem muitos esforços. André Luís ajudou muito pouco Igor, tanto atrás como na frente, e acabou sobrecarregando Paulinho na cobertura.
Danilo e Tiago Real já davam sinais de cansaço aos 10 minutos do segundo tempo e foram pouco produtivos no decorrer do jogo e, se somados ao trio Junior Santos, André Luís e Felippe Cardoso, a força ofensiva do time foi e tem sido nula quando precisamos tomar atitude de jogar com a bola no chão e mandar no jogo.
Não poderia deixar passar que Roberto e Murilo pouquíssimo acrescentam ao time quando entram. Acho que, se fossem um pouco mais úteis e compromissados, numa produção ofensiva que deixa tanto a desejar, teriam desempenho melhor do que têm quando aparece a oportunidade.
É normal que Júnior Santos e Felippe Cardoso se sintam ansiosos na busca pelo gol. Eles precisam que a comissão técnica passe tranquilidade e confiança para trabalharem. São novos e podem ser importantes para nosso futuro na Série B.
Doriva que, na minha opinião foi bem contra o Vila Nova, foi muito mal e passivo no jogo de hoje. O adversário foi melhor no campo e fora dele com as substituições do seu técnico. Nosso segundo tempo não pode ser esquecido e tem que servir de lição para o restante do campeonato.
(artigo escrito por André Gonçalves – membro da Arquibancada do Só Dérbi/foto: Eduardo Carmin – Agência O Dia – Estadão Conteúdo)